segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Back to you
It always comes around back to you
I tried to forget you, I tried to stay away
But it's too late

Over you
I'm never over
Over you
There's something about you
It's just the way you move
The way you move me

I'm so good at forgetting
And I quit every game I play
But forgive me love, I can't turn and walk away
This way

Leave the light on
I'll never give up on you
Leave the light on
For me too

Back to me
I know that it comes
Back to me
Doesn't it scare you?
Your will is not as strong
As it used to be...

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Tem coisa que não volta, por mais que a gente queira. Você pode até tentar voltar o disco, repetir a música, insistir na letra, cantar o mesmo refrão por mil e um minutos, fechar os olhos. Tem sentimento que não volta. Mesmo que você se esforce, recorde, tente voltar a página, refrescar o coração. Alguns sentimentos são bem pontuais: chegam, esperam pra ver se devem ficar e decidem partir ou continuar.

Parei, talvez, de odiar o amor. Mas o amor, na verdade, ficou lá. Duro que nem pedra. Daqueles que não vão embora nem com reza brava. Amor adolescente, pensei. Com certeza, se eu virar mulher, esse amor bobinho passa. Amor de menina boba. Tratei, então, de virar mulher. Quem sabe mudando de casa, esse amor não se mudava de mim? Nada feito. Casa nova, cama nova, novas contas pra pagar. E o mesmo coração idiota. O mesmo amor de sempre. Coisa chata, não?
Claro que eu adoro minha casa, meus amigos, meus livros, viagens, músicas. Tenho uma vida ótima. Mas nenhuma dessas coisas se comparava ao prazer que eu tinha ao ouvir o barulhinho de uma mensagem dele chegando. Ou de quando o telefone tocava e eu sabia que era ele e o meu coração disparava tanto que eu tinha medo de morrer antes de falar: alô.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Slide away and give it all you've got
My today fell in from the top
I dream of you and all the things you say
 

I wonder where you are now

24/10/2011

Essa tarde fez um frio 
Não sei se foi saudade de você
Sei que nasceu um vazio e eu quis me esconder 
Pra não ver chorar minha face e quis esquecer achar normal o simples ato de lembrar 
Mas, vai além
É sentir falta, querer estar perto 
Certo da felicidade que mora em cada sorriso seu 
Sem querer

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Pés impacientes no chão, mãos que batucam, olhos que procuram o que não se vê. 
Eu tenho sono, e já não consigo mais dormir. 
Eu tenho fome, não consigo mais comer. 
Eu tenho medo, e assim que quero já não quero mais. 

Meus pés perderam a função de equilibrar meu corpo. 

Não diria que a culpa é física porque fui eu que sobrecarreguei minha mente e me tornei incapaz de responder sobriamente por um "tudo bem?". Isso pesa. É pesado saber que não está nada bem. Mais peso causo ao tentar mexer nas feridas... Deixo queto. Eu percebo no espelho que meu sorriso não chega aos olhos. Eu posso enganar a todos, posso até me enganar. Mas é de noite que eu me revelo como sou: sozinha. Me perdi no que era pra ser eu e acabei me tornando esse talvez. Pequeno por fora, enorme por dentro. Uma imensa tentativa de ser algo quando nunca aprendi a mudar.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A impontualidade do amor - Martha Medeiros

Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha. Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa? Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio. O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa. O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito. A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.