quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Pés impacientes no chão, mãos que batucam, olhos que procuram o que não se vê. 
Eu tenho sono, e já não consigo mais dormir. 
Eu tenho fome, não consigo mais comer. 
Eu tenho medo, e assim que quero já não quero mais. 

Meus pés perderam a função de equilibrar meu corpo. 

Não diria que a culpa é física porque fui eu que sobrecarreguei minha mente e me tornei incapaz de responder sobriamente por um "tudo bem?". Isso pesa. É pesado saber que não está nada bem. Mais peso causo ao tentar mexer nas feridas... Deixo queto. Eu percebo no espelho que meu sorriso não chega aos olhos. Eu posso enganar a todos, posso até me enganar. Mas é de noite que eu me revelo como sou: sozinha. Me perdi no que era pra ser eu e acabei me tornando esse talvez. Pequeno por fora, enorme por dentro. Uma imensa tentativa de ser algo quando nunca aprendi a mudar.

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