quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Clarity

I worry
I weigh three times my body
I worry
I throw my fear around
But this morning
There's a calm I can't explain
The rock candy's melted, only diamonds now remain
 
And I will wait to find
If this will last forever
And I will wait to find
If this will last forever
And I will pay no mind
When it won't and it won't cause it can't
It just can't
(It's not supposed to)
 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

E se alguém tem que dar o primeiro passo
Mesmo que seja em direção à um mau caminho
Esse alguém vai ser eu

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Recado ao moços - Veronica H.

Vocês não sabem o que têm nas mãos
Tocam os seios sem saber que no meio bate um coração,
Beijam bocas sem ouvir o que elas têm a dizer,
Fixam os olhos sem perceber que por trás há uma mente inquieta.
São milhares de pensamentos e sentimentos que pulsam e se confundem,
Vocês deviam fazer mais que apenas assistir.

Tenho pena dos que não se arriscam,
Dos que não pulam e gostam do morno,
Dos que se conformam com piscinas rasas e vidas rasas também.
Tenho pena dos que vão embora cedo, dos que só viajam até a esquina,
Dos que pensam mil vezes antes de falar.

Vocês não sabem o que têm nas mãos.
E perdem amores por apostas,
Perdem companhia por desinformação e cumplicidade por medo.
Perdem tempo. O meu e o de vocês.

Bagagem de mão

Eu podia ter escolhido fazer qualquer coisa da minha.
Qualquer coisa.
Mas escolhi carregar você.

Levava você pra qualquer lugar que eu ia, te contava no meu íntimo tudo que eu fazia, fazia anotações de tudo que eu tinha vontade de te contar. Um dia, quem sabe, ele vai querer saber, eu pensava.
Coitada.
Tudo que eu achava era que um dia tinha sido especial pra você. Te dei tanto carinho, afeto, as vezes quando não tinha em mim. As vezes queria sumir, mas estava lá pra você. Achava que você estaria para mim também. Lembro o quanto pedi pra você nunca deixar de existir em mim mesmo que você não quisesse mais estar comigo. E agora vejo que você já tomou sua decisão há tanto tempo, e eu parecendo um cachorrinho daqueles, bem irritantes, continuava a ladrar por atenção. Não quer.
OK.
Acho que você não acreditou em mim quando eu disse que não podia mais fazer isso comigo mesma, mas é verdade. Não dá. Não dá mais pra me magoar ou sentir pena de mim mesma. O mundo é tão grande.
Vou deixar você seguir sua vida. Mas precisava falar aquilo. Precisava largar a mala.
A gente vai aprendendo a viver assim, na marra, no grito, no sufoco, no impulso. Eu quis mudar o mundo, quis ser brilhante, quis ser reconhecida. Hoje eu quero bem pouco e prefiro me concentrar no agora do que planejar um futuro incerto. Eu me libertei da culpa e dei de cara com algo novo: não me encaixo, e aceito. Não é justo perder as asas no momento em que se descobre tê-las. É preciso poder voar, é preciso ter uma visão estratégica das janelas. Ver o sol e não poder tê-lo é absurdo. Ter o amor e depois acostumar com a indiferença não dá.
Vai que um dia outro pássaro louco cruza teu caminho, eles dizem. Vai que. E eu me pego pensando se existe mesmo alguém em algum lugar capaz de acompanhar o ritmo destas asas. Vai que um dia ele aparece. Vai que.