quarta-feira, 27 de abril de 2011

Perfil de Personalidade

Você vive num mundo de possibilidades de sensações. Você está totalmente ciente da aparência, do gosto, do som, da consistência, e do cheiro das coisas. Você tem uma forte apreciação estética pela arte e tende a ser um artista de alguma maneira, pois você tem uma capacidade única de criar e de compor coisas que irão fortemente afetar os sentidos das pessoas. Você tem valores fortes que você guarda dentro de você, e que você se esforça para não quebrar no decorrer da sua vida. Você precisa se sentir como se tivesse vivendo de acordo com o que acha ser correto, e irá se rebelar contra qualquer coisa que for de encontro com essa sua meta. É bem provável que você escolha trabalhos e carreiras que permitam que você tenha a liberdade de trabalhar no sentido de realizar seus objetivos pessoais, guiado pelo seu sistema de valores.
Você tende a ser uma pessoa quieta e reservada, e é difícil das pessoas realmente te conhecerem bem. Você esconde suas idéias e opiniões dos outros, exceto daqueles mais próximos a você. Você é normalmente uma pessoa educada e sensível no lidar com as pessoas, que se interessa em contribuir com o bem-estar e com a felicidade delas, e que se esforça muito em cumprir tarefas em que você acredita.
Você é uma pessoa que tem uma forte afinidade por estética e beleza. Pessoas como você geralmente amam animais e realmente valorizam a beleza da natureza. Você é original e independente, e precisa ter seu espaço próprio. Você valoriza as pessoas que se preocupam em te entender, e que te ajudam a atingir suas metas do seu próprio jeito. As pessoas que não te conhecem bem podem ver seu jeito único de viver como um sinal de que você vive uma vida sem preocupações nem ansiedades, mas na verdade você normalmente leva a vida muito a sério, constantemente obtendo informações e filtrando-as através do seu sistema de valores, na busca de um significado mais claro para as coisas.
Você é uma pessoa voltada a ações. Você gosta é de fazer, e normalmente não se sente confortável falando de conceitos teóricos e de idéias, a não ser que você veja uma aplicação prática para elas. Você aprende muito melhor fazendo, e consequentemente acaba se cansando com facilidade dos métodos tradicionais de ensino que enfatizam muito mais o pensamento abstrato. Você não gosta de análises que não envolvam os valores das pessoas, nem de ter que tomar decisões baseadas estritamente na lógica. Seu forte sistema de valores impõe que suas decisões sejam avaliadas pelas suas crenças subjetivas, ao invés de através regras ou de leis objetivas.
Você é extremamente perceptivo e se preocupa com os outros. Você está constantemente coletando informações específicas sobre as pessoas, e vai atrás para descobrir o que elas significam. Suas percepções das pessoas estão quase sempre penetrantemente corretas.
Você é uma pessoa calorosa e solidária. Você se importa de verdade com as pessoas, e é extremamente voltada a servir, num desejo de agradá-las. Você tem uma quantidade incomum de afeto por aqueles próximos a você, e demonstra seu amor através de atitudes, e não de palavras.
Você não tem o desejo de liderar nem de controlar as outras pessoas, da mesma maneira que não têm o desejo de ser liderado nem controlado por outros. Você precisa de espaço e de tempo sozinho para avaliar as circunstâncias da vida para filtrá-las através do seu sistema de valores, e normalmente irá respeitar o desejo das outras pessoas por essas mesmas coisas.
Você não costuma se dar crédito o suficiente pelas coisas que você faz muito bem. Seu forte sistema de valores leva você a ser extremamente perfeccionista, e faz com que você julgue a si mesmo de uma maneira desnecessariamente dura.
Você é uma pessoa com inúmeros dons especiais para o mundo, especialmente na área de criar sensações através da arte, e de servir aos outros sem esperar nada em troca. A vida provavelmente não será extremamente fácil para você, pois você a leva tanto a sério, mas você pode saber que você tem em suas mãos as ferramentas para transformar a sua vida e a das pessoas mais próximas a você em experiências ricamente gratificantes.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Classificados

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, contar histórias de grandes chuvas e das recordações de infância: um amigo-retrospectiva. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade: um amigo-diário. Daquilo que se passa no íntimo: um amigo-desbravador que saiba quando o seu olhar indica algo escondido. Um amigo que não se precise implorar nada, um amigo-complemento. Alguém que corra atrás, que ame, que se doe. Sincero, leal e fiel. Amigo-quase cão. Que se importe com os sentimentos, que faça valer os momentos e saiba apreciar o amor mais verdadeiro: a amizade. Um amigo-amigo.

domingo, 24 de abril de 2011

Is there a time for keeping your distance
A time to turn your eyes away
Is there a time for keeping your head down
For getting on with your day

terça-feira, 19 de abril de 2011

Não vou ficar aqui escrevendo coisas apaixonadas e melosas. Não que eu que eu não consiga, ou que o sentimento ainda não exista. Só que eu me descobri tão sozinha quanto sempre reclamei ser, e pela primeira vez isso não me assusta: é finalmente bom não depender de você. Eu adoro o fato de não ficar triste/alegre/com raiva por alguma coisa que dependa de você. Estou cansada, só queria um colo, um cafuné e o beijo de boa noite, todas as noites. Já fiz tanto por você, dentro e fora de mim... Você sempre reclama de quem sou e do que me tornei. Você nunca parou pra pensar que foi você que me fez assim? A mulher louca que sempre fui por você, e que mesmo tão cheia de defeitos, sempre foi sua. Nunca quis acreditar nas pessoas, que me disseram que você não foi feito pra mim, que depois de hoje virão outros dias... Eu não queria ir embora e esperar o dia seguinte. Eu queria que você sofresse comigo dessa loucura que é estar vivo, queria passar noites em claro presa no seu corpo, queria que você se livrasse dessa camisa de força, pra que eu pudesse finalmente te abraçar de verdade... Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. Precisaria saber como sou quando há espaço pra ser. O peso que eu tive que aturar, contra tudo e contra todos, na esperança que um dia você pudesse olhar pra mim com outros olhos. O que me faz sentir é sua distância, o medo de perder nossa ligação tão inexplicável. Nossa amizade é tão expressiva, ao mesmo tempo recente e tão eterna. Eu sei que no nosso jeito de não dizer 'eu te amo' à toa, de rir depois de um 'tô com saudades', não vivemos mais distantes, do nosso jeito... E quando você me mostra o quanto mudou e diz das coisas que agora te fazem sorrir, eu penso em quando eu achava que seria eu quem mudaria tudo em você. Eu, que sempre te explico sobre as coisas que deve ou não fazer pra gostar de alguém. Eu, que sempre te disse que você era um romântico enrustido e usava a galinhagem pra disfarçar. E que mesmo você negando e dizendo que nunca ia se apaixonar, tentava te convencer. Eu sei, não precisa dizer que eu estava certa... Se apaixonou... Queria poder tirar o telefone do gancho e desaparecer por um tempo, mas já aceitei que não dá. Então hoje eu vou ser mais presente e menos ciumenta. Vou dizer a verdade quando você perguntar o que eu acho do que você pretende fazer pra surpreender sua namorada, quando você tiver uma (e eu sei que terá) . E ainda que você tenha a fórmula perfeita do que eu procuro, vou me conformar de não ter sido a primeira a encontrar. Só eu sei quantas oportunidades e quanto tempo empenhei. Hoje, com algumas baixas no meu exército, mudo a minha frente de batalha. Por que sempre vai ter uma luta, né? Mesmo que não seja por você, que não seja pra ficar ao seu lado. Amei você, porque o amor não precisa de explicações. Mas hoje eu preciso. E eu tô pronta pra abrir meu coração de novo, tô pronta pra todas as coisas que eu sinto quando me apaixono, pronta pra ser feliz e ser de alguém, só não consigo estar mais pronta pra você.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

nota do autor

Tenho medo de escrever. É perigoso demais. Quem já tentou, sabe o quanto é arriscado mexer no que está oculto dentro da alma, e do medo que dá de ler as entrelinhas de sua própria vida. Mas aí vem a adrenalina, meu caro. Um escritor (seja ele de livrarias famosas ou de cartas abandonadas no fundo do armário) tem uma visão muito diferente das coisas, quando postas no papel. Parece que o seu eu possuidor de uma caneta consegue transformar tudo em uma novela de capítulos bem mais interessantes. Quem escreve é necessitado, grita com as palavras para que os outros vejam a sua história, chama a atenção pra tudo aquilo que quer esconder: tímido, e sem querer ao mesmo tempo, extrovertido; é um reles, um depressivo. Nada paga a reação do leitor: o escritor dá seu bilhete de identidade, e para se ler tem de haver um olhar e o olhar pertence a uma pessoa, que tem uma história e se identifica. Não é só uma identidade, é uma unificação, um confessionário quase que criptografado: um desejo do escritor de ser menos carente, menos sozinho.

sábado, 9 de abril de 2011

Olha, sou complicada. Sou enrolada, do meu jeito, na minha infinidade de sentimentos. Faço drama, comédia e romance porque sinto tédio da vida. Não me espelho em ninguém porque ninguém sabe o que é certo pra mim, nem pra ninguém. Não há o certo. Há o menos incômodo a si mesmo e pronto, mesmo que a vida se trate de agrados aos outros, pois de fato sua felicidade é tão importante quanto a minha, desde que isso não me faça infeliz. Entende? Não importa. Eu não sei gostar e desgostar assim, de repente. Então não entre em minha vida como alguém perdido entra por engano em uma sala. E não queira minha pele por fraqueza ou vontade. Minha verdade é corrosiva, tanto que às vezes me evito. É saudável me esquecer. Talvez isto só me traga dor. Talvez eu seja cada vez mais e mais difícil. Talvez eu acabe sempre no talvez.

Quase amor

Queria consertar tudo o que aconteceu, mas na verdade sei que este erro não foi meu.
Destilei meu sangue em algo forte, pra que eu pudesse me sentir melhor, mas do contrário, eu me senti pior. E usei deste artifício pra ocultar a dor, por ter perdido um quase amor.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Nostalgia

A nostalgia pegou de jeito. Camuflada, se infiltrou no meio das garfadas do jantar. Bem que eu senti um gosto diferente: primeiro, doce, como todas aquelas memórias lindas de um sorriso, de uma conversa que terminava às gargalhadas, de uma brincadeira de morder, de ficar juntinho. Logo em seguida, me veio um gosto muito salgado, como a realidade que teima em bater na porta e cortar o barato. Não dura muito. Surge um gosto amargo, mas não é qualquer amargo, é aquele amargo que bate no fundo da alma e traz aquelas coisas que você preferiria não lembrar: tudo de ruim que você teimou em esconder, em socar no fundo do armário do seu cérebro, como aquelas roupas de inverno num clima equatorial. Tão amargo que chega dá asco, enjôo. Todos os sabores acabam em fração de segundo. Mas a mistura destes deixa uma vontade de repetir... E apesar de todas as sensações que ele dá, sejam elas boas ou ruins, você sempre desejará mais. Nostalgia é aquele pedacinho de você que deseja que os momentos nunca acabem. Mas nada seria bom se fosse eterno, não é verdade? Não seria aproveitado corretamente. É até bom sentir uma saudade do que se passou, até sofrer um pouquinho, porque dá uma boa sensação de que o tempo não foi perdido: que se passou, mas ficou eternizado na memória.