sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Walk on

Eu só queria entender porque você ainda mexe tanto comigo... A verdade é que você não me conhece. Você não sabe como eu sou na real, porque eu simplesmente não consigo ser eu quando você está perto. Eu fico atrapalhada, possessiva, descontrolada. Se você soubesse a menina que tem por trás dessa megera que você conhece e tanto insiste em querer definir assim... Se um dia soubesse das coisas lindas que eu imaginei pra gente, as noites que eu passei em claro pensando em você, e apenas podendo assistir a você jogá-los pela janela de vez em quando, só pra me lembrar da realidade... Porque é verdade: me apaixonei (de verdade e intensamente) pela primeira vez e não fui correspondida pela primeira vez, mas as pessoas vivem sobrevivendo a esse tipo de coisa. Se eu estiver enganada ou você apenas esperando algo pra se aproximar, não quero saber: não esperarei mais um sorriso seu pra ir embora. Assim, não ficarei mais chateada por você não ter se despedido na terça-feira e eu ter que esperar até segunda pra descobrir se você estava me evitando ou só com pressa. Não odiarei mais as meninas que te cercam e conseguem conversar com você enquanto eu só falo com os outros, tentando chegar perto, sem conseguir sua atenção. Se você apenas soubesse quem eu sou... Talvez aí a simples menção do seu nome não me fizesse perder o juízo.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Bloco de gelo

O mesmo que uma pessoa indiferente. Não transmite felicidade nem tampouco tristeza. Não é bom, mas também não é mau. Normalmente não se comove com situações que pessoas sentimentais se comoveriam.


Voltou a temporada.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Desacelerando

Espere aí: pra onde você vai com tanta pressa? Pare. Sinta esse descompasso acelerado de todas as noites. 24h não são suficientes para me fazer crer que isso tudo não passa de um sonho. O consolo é saber que o amanhã ainda existirá (?) pra gente tentar acordar feliz...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A entrega

Por favor, quando eu falar, me entenda: além de palavras, existe por trás uma pessoa que se entrega. Quando os meus olhos te olharem com angústia, e da minha boca não saírem mais do que grunhidos de emoção, saiba que eu sou totalmente sua. Quando você receber as súplicas dos meus braços em forma de abraço, me domine, me afague, e não me deixe ir embora nunca mais. Sinta minha agonia, pegando fogo em carne e osso. Recuso regras e historinhas de amor recém-formadas. Não hesite. Ceda aos apelos agoniados do meu corpo. Me pegue agora, e me leve pra casa, e se entregue também, suavemente. Eu sei que não sairei daqui sem você.

domingo, 5 de dezembro de 2010

O que machuca

De todo o caminho indefinido que temos que percorrer, todas as estradas e trajetórias tortuosas, apenas tenho uma certeza: machucados. Eles aparecem quando você menos espera, e dominam sua mente aos poucos. Há várias formas de lidar com eles, mas mesmo assim eles nos apavoram. Não importa o quão durão você seja: machucados sempre fazem questão de deixar sua marca. Cicatrizes. Reviram nosso sono, dominam os nossos dias e bagunçam nossa cabeça. Mas talvez seja isso que nos motiva. A vontade de sentir medo, dor, raiva: isso que nos mantém vivos e nos impulsiona a seguir em frente, a ter vontade de sermos felizes de novo e aproveitarmos essa felicidade a cada segundo antes que se vá (machucada) de novo. Nas trevas pode haver medo, mas também há esperança.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Alea jact est

A sorte está lançada.




E eu simplesmente não consigo parar de sorrir.

The chance to save my soul

Pra tudo há remédio, menos para as coisas irremediáveis. Mas quem sabe ainda haja tempo. Tô na torcida.

Sometimes when I'm alone I wonder aloud
If you're watching over me some place far abound
I must reverse my life, I can't live in the past
Then set my soul free, belong to me at last
Through all those complex years
I thought I was alone
I didn't care to look around and make this world my own
And when she died I should've cried and spared myself some pain...
You left me incomplete... All alone as the memories still remain
The way we were, the chance to save my soul
And my concern is now in vain
Believe the word, I will unlock my door
And pass the cemetery gates

Terapia

Você me chama de louca: acha mesmo que quem precisa se tratar sou eu? Eu não ignoro os sentimentos das outras pessoas. Eu não faço o que quero sem pensar nas consequências e não fui feita pra magoar as pessoas que gosto. Não sou eu que tenho que escutar alguém me comparar com o que não presta. O adjetivo 'louco' se encaixa nas alternativas que não possuo, a não ser que louco seja aquele que obedece seus ideais. Normal é viver pelas regras dos outros? Aí, meu camarada, se você acha que isso que é normal, cuidado que quem vai acabar precisando de terapia é você.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Sinais

Distintos sinais. Enquanto estavam deitados, sozinhos no carro, conversando bobagens, ela tentava ler as entrelinhas de seus olhos. O jeito como ele falava, o seu jeito de andar, de sorrir com os olhos, de beijar, até o jeito de dar as costas. Ela poderia passar horas ali: o jeito que o seu carinho a envolvia era fatal. Acabava com toda a sua postura de mulher independente e malvada. Era como ela se sentia viva num mundo de tanta gente má: ali ela descobrira a existência de um coração bom. Aqueles cabelos cacheados, sorriso bobo e olhos castanhos com a profundidade do céu. Mãos macias feito luvas passavam por seu rosto... Sinais. Enquanto sua voz dizia pra ela se afastar, seu corpo a queria. Ele pegava-a em seus braços. Segurava-a pela cintura na frente dos amigos. Não largava de sua mão. Colava seu coração partido. Mal sabia ele que ela não tinha coração partido perto dele. Não tinha coração, pois aquilo que palpitava em seu peito era maior que aquilo. Uma sensação que ela nunca vai poder explicar: descobrindo o verdadeiro significado da expressão "borboletas no estômago"... Nunca houve alguém que fizesse por ela o que ele fez: deitar sob as estrelas e ouvir seu coração. Ele sabia todos os trejeitos dela. Só tinha medo. Ela também. Tinham medo de se apaixonar. Tinham medo de viverem juntos e nunca mais quererem se separar. Mal sabiam que já estavam irremediavelmente unidos pelo amor. E isso o impediu de seguirem em frente. Ele nem a interpretava mais, pois já sabia que ela possuía duas opções de dizer o que não se deveria dizer sobre ela: lendo as entrelinhas de seus textos idiotas ou olhando no seus olhos. E a segunda opção ele sabia que só ele tinha.

domingo, 21 de novembro de 2010

O dia egoísta da solidão

Ela levantou-se da cama, ainda com a vista meio embaçada e as pernas pesadas. Foi até o banheiro, já pensando no dia que teria que enfrentar. O cansaço batia, e aquele resquício de sono impediu que ela visse o que se passava à sua volta. Porque a casa estava tão vazia? Ah - pensou - todos devem ter saído. Colocou a cabeça pra fora da janela, pensando em olhar o tempo e decidir o que vestir antes de sair. Mas porque a rua estaria deserta em plena quinta-feira? Onde estaria o barulho daquela cidade? Estranhou. Olhou as horas. Eram 08h07 da manhã: onde estavam os carros? E as pessoas? Será que estaria sonhando? "Não é um sonho", respondeu uma voz. Assustou-se. Pensou em quem estaria falando com ela em meio a esse silêncio. Apressou os passos do quarto até a sala. Deu outra olhada na casa. Nada. Sentou-se à mesa. A vontade de tomar um café a distraiu por um momento. Prendeu-se aos seus devaneios. mas a voz continuou a falar: "Não era isso que você tanto queria? A solidão? Trago seu desejo comigo, e estou realizando-o. Não vais precisar encarar ninguém, lidar com as mentiras e desculpas esfarrapadas, com o stress, com o tédio humano. Você resolveu viver quieta e sozinha, e sempre quis um dia somente seu. Aí está. Esse dia vai servir para que você perceba o quão triste é tentar evoluir deixando de lado todos aqueles que te fizeram chegar nesse lugar. O quão depressivo é viver ilhado, onde o mar de mágoas e decepções se faz presente por todos os lados do que restou da esperança. Você vai continuar triste, afinal pessoas não são perfeitas. Uma hora todas elas vão te fazer sofrer. Você vai aprender que vai chegar uma hora que você terá que perdoar, terá que esquecer, fingir que não viu, e continuar sofrendo como você sofre quando está só, mas vai valer a pena quando você olhar pro lado e não se ver sozinha. Cabe a você, e apenas a você, a escolher como desejará viver. Ainda quer viver sozinha?" A menina apenas ouviu calada, pensou por um momento e finalmente respondeu a voz, que já identificara:
- Enquanto houver a mim, nunca estarei sozinha. Sou a melhor companhia que encontrei pra mim. Me dou muito bem comigo mesma. Claro que, como todo relacionamento, tenho meus problemas comigo. Mas nada que eu não resolva, me resolvo. Não me magoarei, não me decepcionarei, não tirarei meus sonhos de mim, não esvaziarei meu coração, não esperarei de mim mais do que posso me doar. Solidão, você não me assusta mais. Não tenho medo. A cada dia que passa, menos te sinto. Costume. Vivo sozinha. E quer saber? Já nem ligo mais.
Esperou a resposta da voz que não a assustava mais, mas não houve réplica a esse desabafo. Silêncio. E ela apenas continuou bebendo seu café, olhando pra parede com os olhos vazios, mas com um pontada de felicidade no estômago, em saber que aquele dia ela poderia esquecer o entorno e pensar, mas pensar apenas nela. Suspirou.

She's not anyone

E ela que sempre achou que fosse real. Sempre buscando a verdade, por mais que ela tenha escorrido algumas vezes de sua mão, vindo fria por seus olhos e rolado pelo seu rosto quente. Seguiu fingindo que estava tudo bem, por mais despedaçado que seu coração estivesse. Procurou pessoas verdadeiras, que nunca seriam verdadeiras por muito tempo. Escutou inúmeros pedidos de desculpas: se apegava as coisas boas pra poder não desabar. Mas nada se constrói sem um bom alicerce... Aprendeu a ser estruturada, a dar apoio a todos a sua volta. Mas quem daria apoio incondicional a ela? Isso sugava todas as suas forças restantes. Esperou por alguém bom, alguém que ela achava que merecia, mas esse alguém nunca veio... A vida que ela conhecia era tão deprimente. Encarava o Sol e perguntava a Deus: Porque agora tem que ser assim? Sempre vai sentir saudades do tempo que era exaltada, com uma alma intensa, violenta e atormentada. Mas não se rendeu, nem parou, nem se desesperou ao saber que estava perdendo o jogo. Viveu assim: de galho em galho, até não aguentar mais.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Canção do dia da saudade

O tempo (em tempos como esse) tem me ajudado muito. Pela primeira vez, eu o sinto. Eu percebo que ele passa. Vi todas as minhas dúvidas se esvairem da minha cabeça - ou pelo menos brincando de esconde-esconde comigo, e não faço questão de encontrá-las. Não agora. Só que hoje o tempo não ajudou. O tempo voltou. Me pegou desprevenida e encheu meu coração de um sentimento (saudade) tão pequenuto, que em toda sua enorme dimensão, tomou conta do meu dia inteiro, e me acompanhou até que eu me desse conta do porquê de sua presença. Não dá pra se esquecer do passado... Nem se deve tentar. Ele, às vezes, por estar distante, torna-se escuro e turvo, mas se faz presente nos nossos dias, e quando tentamos apagá-lo, ele se utiliza de sua arma mais poderosa: lembranças. Essas não nos deixam em paz: fazem com que a gente se transporte pra momentos como aquele domingo na casa da sogra, aquele sorvete que derreteu enquanto você ouvia uma mesma reclamação pela sétima vez, o copo de leite que te deixou com bigode e rendeu risadas pelo resto da semana, o quanto aquele amor valeu mesmo depois de tudo... E fazem com o que o dia se torne enfadonho e pesado. Informação demais. Não dá pra esquecer o que acontece com a gente quando se ama. Passe a semana sem lembrar, um mês sem lembrar, um ano sem lembrar, mas não tente esquecer o seu passado. Ele sempre vai te fazer desejar ter vivido um pouco mais, ter tido um pouco mais, sugado de tudo até a última gota. Mas quem está aqui pra mudar de assunto? Hoje eu só queria você de novo. Hoje, só hoje.

It's been raining since you left me
Now I'm drowning in the flood
You see I've always been a fighter
But without you I give up
I can't sing a love song
Like the way it's meant to be
Well I guess I'm not that good anymore
But babe that's just me
And I
Will love you, babe, always
And I'll be there forever and a day, always
I'll be there till the stars don't shine
Till the heavens burst and the words don't rhyme
And I know when I die, you'll be on my mind
And I love you, always
Now your pictures that you left behind
Are just memories, of a different life
Some that made us laugh
Some that made us cry
One that made you, have to say good bye
What I'd give to run my fingers, through your hair
To touch your lips, to hold you near
When you say your prayers, try to understand
I've made mistakes, I'm just a man

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Tédio

Vontade de esquecer das minhas tarefas e obrigações... E jogar tudo o que resta pro alto.Vontade de deixar a impulsividade, por essa vez, falar mais alto que a sensatez. Estou cansada desses dias, todos iguais. Parece que foi tudo programado e eu simplesmente aceito essa condição e sigo nesse marasmo. Sem novas sentenças, expectativas e emoções. Volta e meia me vejo perguntando qual a graça em andar em círculos. Está tudo estagnado; eu sento e vejo o tempo passar. Nem o tic-tac do relógio me assusta mais...

Fate

Is something you can not hide from.


(O acaso resolveu juntar todo o passado, socar dentro de um envelope, e mandar de volta ao remetente. E eu que sempre achei que traçava minha vida, fui pega pelo destino.)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Metades do todo

Sinto falta das coisas inteiras. Quando eu podia ter tudo: piscava o olho e era tudo meu, tava tudo na minha mão. Ah, que saudade desse tempo! Tempo que eu vivia cheia... De felicidade, de preocupação, de dúvidas. Cheia de medos, de ócio e de prazer. Vivia cheia e tudo ao meu redor era cheio. Tudo era um todo. Pessoas se eram todas. Sorrisos completos. Dores que foram sentidas até a última pontada no estômago. Ausências repletas de saudade. Cheinhas. Hoje sou vazia. Sou só metade. Sou dividida em duas. Só consigo ter meias palavras, meias atitudes, meias desculpas, meias verdades, meias mentiras, meio peso na consciência, meio interesse, meias presenças, meias ausências. Sinto falta do todo. O pior é que sinto até falta das coisas ruins: pelo menos elas não ficavam no meio do caminho (até pra percorrer o caminho, só percorre metade...). Sinto falta. Mas nem sei se quero tudo de novo. Uma pessoa acostumada com metades nunca vai saber como lidar quando encontrar o todo novamente.

sábado, 6 de novembro de 2010

(...)

E eu, que sempre achei que o tempo curasse tudo, descobri que não há tempo suficiente. Não há tempo para curar todas as feridas que tenho por dentro. Não há tempo que faça toda uma história passar. Não há tempo que nos faça esquecer. O tempo não cura: nem um pouco. Ele apenas fica parado. Nos fazendo lembrar. O tempo inteiro. Não há tempo suficiente. Pois bem. Farei o meu tempo: longe de tudo, especialmente de você. Sem uma carta de despedida, sem deixar qualquer marca, qualquer indício de que um dia eu fui tua. Deixar o amor desaparecer aos poucos. Deixar as marcas desaparecerem: as dos lençóis, as marcas dos dedos na pele. Pinte as paredes de cores novas que eu nunca vou saber... Porque eu não vou voltar. Não posso. Eu penso em te zerar. Em me zerar de ti. Esvaziar tudo o que preenchemos e fazer com que fiquemos mais leves, quase vazios, para que possamos outra vez transbordar. Sem buscar caminhos sem retorno, ruas sem saída. Mentir para mim que não nos conhecemos e estender o braço para uma segunda chance, folha em branco sem passado. Ponto final. Mas, no fundo, eu ainda prefiro acreditar nas reticências...

If I had eyes

Se eu tivesse olhos na minha nuca
Eu teria lhe dito que você parecia bem
Enquanto eu ia embora
E se você pudesse ter tentado confiar na mão que alimentava
Você nunca ficaria com fome
Mas você nunca ficou de fato
Um pouco mais disso, um pouco menos disso, faz alguma diferença?
Ou estamos apenas nos apegando a coisas que não possuímos mais?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ombra Mai Fu

Os ignorantes são mais felizes
Eles não sabem quando vão morrer
Eu não
Eu sei que eu tenho um encontro marcado
As pessoas esquecem o que precisam fazer
Eu não posso me dar esse luxo
Faço tudo caber nos meus próximos poucos dias

domingo, 31 de outubro de 2010

Arrepio

Me arrepia tudo aquilo que me dá prazer. Um sonho bom, um banho demorado, um olhar, um toque, uma sensação que aflorou na hora certa. Uma explosão de hormônios: tanto desejo aflorando... Sinto uma certa suavidade nas suas mãos intensas, ouvindo os teus murmúrios de paixão dentro do meu ouvido. Eu sou o seu arrepio esquecido, subindo pela sua espinha, atravessando suas idéias. Eu sou teu inferno. Você tira minha paz. A loucura tomou conta. Que lugar é esse?



Minha mente.

sábado, 30 de outubro de 2010

Felicidade

Hoje me perguntaram se eu sou uma pessoa feliz. Foi a primeira vez que eu me perguntei o que era a real felicidade. Definir: "A felicidade é uma gama de emoções ou sentimentos que vai desde o contentamento ou satisfação até à alegria intensa ou júbilo. A felicidade tem ainda o significado de bem-estar ou paz interna. O oposto da felicidade é a tristeza." Não soube responder. Não me lembro a última vez que eu explodi de alegria... Na verdade eu não me lembro a última vez que eu senti muita coisa. Vivo saudosista dos tempos que já passaram, tempos que eu sorria sem parar e até me pegava gargalhando sozinha sem motivo... Eu era bem feliz e tinha meus motivos. Mas não acho que eu não seja uma pessoa feliz. Apenas não gasto meus sorrisos e minha cara de palerma à toa. Espero por aquela felicidade aleatória, que te pega numa terça-feira, às 4 da tarde e te deixa tão boba que nada é capaz de te tirar do sério. Não desperdiço meus sorrisos por qualquer palavra engraçada. A felicidade é mais rara, mas quando ela vier... Ah, quando ela vier. Vou sair tanto do sério que não vou voltar mais.

Sentimental

Eu escondo (ou ao menos tento) o meu lado emocional. Mas o romantismo vive em mim, e em algumas horas ele me domina e apanho feio dele. Sou muito sensível ao toque: acho que ele pode transmitir mensagens mais do que qualquer palavra que se perca no espaço. Sou daquela que lembra do primeiro encontro, do primeiro gesto, do primeiro cheiro, da primeira pele, do primeiro 'Eu te amo'. Aquela que liga no meio da noite pra dizer que tá com saudade, que manda uma mensagem pra dizer no que está pensando, que faz questão de dormir com aquela roupa que tem o cheiro do amor mais gostoso do mundo... Gosto de surpreender, gosto de ser surpreendida, gosto de carinho, de beijo e de abraço.
Então é normal eu sofrer um pouco (muito) mais.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Abismo

Ultimamente, venho escutado sempre as mesmas coisas, vindas das mesmas pessoas. "Ah, você é tão fechada, você é tão quieta, porque você sempre brinca mas nunca fala nada de verdade sobre você?" Essa pergunta poderia ser evitada. Poderia se vocês olhassem pra dentro de cada um de vocês. Eu sempre fui muito alegre, tinha meus problemas, e as vezes até gostava de compartilhar, mesmo que não ouvisse de fato alguém para resolvê-los: na minha cabeça, quanto mais você resolve seus problemas atuais, mais fácil você resolverá os que aparecerem no futuro. Mas, sempre existe aquela fase de mudança, amadurecimento, onde nós aprendemos muito mais sobre nós mesmos. E eu descobri um abismo em mim: um grande buraco que só cresce e cresce cada vez mais, me deixando oca por dentro. Mas não perdi a alegria, pelo contrário, ela está aí. Só me reservei mais. E comecei a ouvir isso. No começo, foi bastante assustador. Mas depois, sinceramente? Descobri que o problema não tá comigo. Descobri que só gosto de falar pra quem eu sei que vai me ouvir... E ultimamente? Não sinto isso. Sinto pessoas cada vez mais preocupadas com os seus próprios problemas, que reclamam da vida, tem sempre alguma coisa ruim pra compartilhar, e acabam nem deixando espaço pra essa reciprocidade.  Na verdade, eu que tenho pensado pouco em mim e demais nos outros. Os meus problemas eu já estou resolvendo. Parece que isso tudo teve um lado bom: sou daquele tipo de pessoas que aprende sozinha como crescer por dentro. E você, já aprendeu a resolver seus próprios problemas, sem ter que envolver alguém? Vou vivendo assim: não querendo falar pra pessoas que não querem me ouvir.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Throwin' it all away

Jogando fora: um beijo, um abraço, uma mordida, uma mão na outra, uma risada, várias risadas, um cheiro, outro abraço, um barulho que nem foi ouvido, aquela inquietude quando o telefone toca, uma mensagem, um pedido de desculpas seguido de uma infinidade de carinho... Outra mordida, um abraço e um beijo vinha calar. Calamos nós. O tempo foi suficiente para isso. Hoje são lembranças. O passado e o futuro são apenas meios, para nós, nosso fim é sempre o agora. Hoje eu não quero olhar pra trás.
 
You couldn't feel the sunlight apon your face
Your little word a little out of place
You couldn't hear the ocean
You couldn't hear the waves
I know you want to come back 

I know you mean to stay
All you touched, all you know, all you loved
Well I can see your smile... Can you see my tears?
I reach to hold you but you ain't there
You left a hole so big Lord... Beyond repair
I'll try to find forgivness in taking what will never share
All you touched, all you know, all you loved
You just left them there with nothing to say

You're just throwin it all away
No you didn't care to see the light of day
You're just throwin it all away like the sand apon the beach
Your crashing waves come and took you away

domingo, 24 de outubro de 2010

Life During Wartime

Folha em branco e eu não sei como escrever. Não sei como descrever o que sinto agora. Acho que é uma mistura de tristeza, mas com um ar de dever cumprido, sabe? A gente já passou por tanta coisa junto e eu acho que é isso que te fez ser tão importante na minha vida. E é bom ter a noção que eu já fui tão importante pra você como você é pra mim. Hoje a gente se afasta, não sei se pra sempre, mas você estará sempre comigo nos bons momentos que tivemos juntos. Não dá pra medir o quanto você me ensinou a amar e a ser uma pessoa melhor pro mundo. Um momento como esse sempre pareceu inevitável no nosso contexto. Sinto muito que seja assim, mas que bom que ele acontece de maneira pacífica, cara. Isso me deixa muito feliz. Quero que você faça tudo que te der vontade, sem se preocupar se eu virei ou não atrás. Te dou o direito de se preocupar apenas com você e viver sua vida. Cada um segue sua jornada, mas o que importa é o que se sente aqui dentro. " (...) Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é difícil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles." Sabe, você pode não ser o cara mais legal para o resto do mundo, mas é bom para mim. E pode não ser o mais inteligente, mas não tem que ser. Era o cara mais real que eu conheci e foi isso que te fez perfeito. Não pra mim, mas será um dia pra alguém. Torço. Seja feliz, você merece.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

E quando acabar...

E se o mundo acabar amanhã? Se amanhã você tiver sua vida arrancada das mãos.. O que você vai ter feito? Você estudou até altas horas da manhã pra aquela prova super difícil, perdeu noites acordado, frequentou muitos locais, se divertiu até altas horas... Mas e hoje, você é feliz? Você tem tudo aquilo que deseja ou que julga necessário pra uma boa convivência? Você tem o carinho daquela pessoa que você gosta tanto? Disse tudo que queria dizer pra sua família, seus amigos? Se importou com cada pessoa que faz parte da sua vida? Ou apenas deixa o tempo escorrer pelas suas mãos, achando que o amanhã vai descansar tudo que você sente? Viva intensamente, ame quem te dá o valor que você merece, não deixe oportunidades de felicidade virarem apenas sonhos. Esse clichê só é percebido quando se perde algo importante. Eu perdi. Não perca. Não se perca. Aproveite.

domingo, 17 de outubro de 2010

Infinito particular


Definitivamente, uma pessoa estranha. Autista por opção. Sentimental. Romântica esquecida. Sinto falta do que nunca tive. Assustadoramente intuitiva. Insegura demais. Teimosa, ansiosa, carente demais. Sofro por antecipação. Sou a contradição em pessoa. Na maior parte do tempo vivo em minha bolha particular. Sou extrovertida e tímida simultaneamente. Minha memória para consultas, entrega de atividades e afins é péssima, mas me lembro de certas coisas que ninguém se lembra. Sou extremamente desligada, mas também reparo em coisas que quase ninguém repara: um sorriso sincero, um olhar, um gesto de carinho, uma ligação inesperada, o nó na garganta numa despedida, o aperto de saudade no peito e o acelerar do coração no momento de reencontro... Adoro abraços. Especialmente aqueles que se dão não só com os braços, mas também com o coração. Gosto de andar de mãos dadas e de beijos na mão. Gosto mais ainda de beijos na testa, indicam à mim respeito e fazem com que eu me sinta inexplicavelmente segura. Não corro atrás das pessoas, acho que elas simplesmente aparecem quando tem vontade. Tenho a impressão que sempre tem alguém escondendo alguma coisa de mim. Não gosto de pessoas que insistem em me tratar como criança. Ninguém nasce completamente mau ou completamente bom. Todos nós nascemos com dois seres dentro de nós: um sedento de bem e outro sedento de mal, os quais travam uma guerra interminável entre si. Qual deles vence a guerra? A resposta é muito simples: aquele que alimentamos.

Sem perder o controle

Eu mudo de idéia constantemente e nunca sei o que quero. Eu gosto de sair para lugares com muito barulho e com pessoas efusivas, mas quando estou em casa, gosto do meu silêncio e prefiro estar sozinha. Adoro deitar na cama e pensar na vida. Ah, eu penso demais. Por isso nunca sei o que fazer. Acho melhor você não me dar opções, pois não saberei escolher. E se eu escolher e algo der errado, semprei irei me culpar. Sou extremamente egoísta, grosseira e geniosa e gosto das coisas do meu jeito: e se não for do meu jeito, não vai ser de jeito nenhum. Eu gosto de ter controle sobre tudo. Recuso a aceitar que perdi. Eu não perco: de jeito nenhum. Desculpe por isso, mas tudo é questão de honra, e a minha eu pretendo carregar íntegra sempre. O jogo nunca acaba pra mim.

sábado, 16 de outubro de 2010

As coisas que guardei em mim

Poucas palavras.
Não porque não existam coisas para contar, mas é que percebi que elas se resolvem mais facilmente quando guardadas aqui dentro da cabeça. Sem contar a não-ajuda do fator tempo: tão difícil de justificar, lentamente eu perco os argumentos.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Medley

Sejamos rápidos então: sentimentos em sobreposição. Resumo: desordem. Superexposição. Pegue o que lhe pertence, é tudo que você precisa. Deixe que com o meu eu me viro.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Parque de diversões

Queria que minha vida fosse um parque de diversões. É tudo sempre tão colorido, tão cheio de risadas, de espaços totalmente preenchidos por adrenalina. Queria que minha vida me fizesse sentir medo, me deixasse eletrizada, me fizesse rir, me virasse 360 graus em direção a um lugar que não se conhece e nem se sabe nada. O único brinquedo que me faz medo é a roda gigante. Tão imponente. Entre tudo que sobe e desce, fazendo oposição ao que está em cima e o que está embaixo, ela insiste em rodar em torno de um mesmo ponto... Quem gosta de retornar sempre pro mesmo lugar? Pelo menos ela faz lembrar que o mundo não é um lugar constante: o que está em cima amanhã pode não estar. Não quero estar em cima, não gosto de me olhar de cima... Tenho medo do que posso encontrar.

Permissividade

Você coloca a sua mão na minha. Você me observa como se me conhecesse. Você sabe o quanto eu sou machucada por dentro. Entende meus silêncios. Sabe das intensidades. E dos mecanismos. Você sabe da minha relação com as palavras. Eu permito isso. Permito você achar que me conhece como a palma da sua mão, permito você achar que sabe o que é bom pra mim. Permiti que você fosse e te recepcionei do mesmo jeito de sempre: com um sorriso, cabelo despenteado e os braços meio abertos, tímidos. Você sempre acha que tá tudo bem. Mas hoje, recebi uma notícia hoje, que diz assim: ele vai voltar. E eu vou deixar você. Assim mesmo, sem mais nem menos. No meio da madrugada... Apenas vou tirar os meus pés dos seus. E você vai sentir frio. Vai sentir a minha falta. Vai chamar meu nome. Vai dizer que achava que me conhecia. E que eu deixei você achar que me conhecia. Eu sou uma farsa. Sabe por que? Porque eu sempre estive aqui, fazendo de tudo por você e você nunca me enxergou de verdade. Achou que podia ir embora e que a vida se encarregaria de nos dar um destino bom. E eu estava disposta. Juro que estava. Mas agora não estou mais. Não sou sua sombra. Cansei de você. Presunção demais. Achismo demais. Você nunca se preocupou em saber de mim de verdade. E se tem uma coisa que você ainda não sabe é do que eu sou capaz. Nem queria que você soubesse, esperava que você me desse uma boa razão pra ficar. Não sei se você é feliz. Mas espero que você seja. Vou esperar que, você arrume um outro alguém, o qual você trate com decência e tenha postura pra conhecer de verdade.

Same old song

Fecho meus olhos tentando guardar esse momento, mas quando me dou conta, esse momento já foi. O que resta é guardar um cheiro, um som, uma sensação, um toque. Lembrar da parte boa é fácil. Me mande esquecer tudo que é ruim.  Memórias que vem e vão da minha cabeça confundindo tudo que eu achava que podia lidar. Porque eu só me apego a isso? Uma opinião foi o suficiente pro meu mundo se render a dúvida sem fim. O que fazer com tudo que eu guardo aqui dentro? Nada posso fazer... Só peço que alguém tire isso de dentro de mim antes que eu enlouqueça.

Para ler ouvindo: Strange Dejavu - Dream Theater


The missing key to unlock my mind's door. Tantas coisas passando pela cabeça nesse momento. Escrever é como uma torneira que começa a ficar folgada: você vai precisar de cada vez mais força pra que ela fique totalmente fechada e não vaze nem pingue. Água. Qualquer líquido que tente escoar. Tente silenciar... Permissão. Intensidade. Loucura. Inquietude. Vertendo por todos os poros. Tenho sono e não consigo dormir. Minha fome não tem nome e nem se sacia facilmente. Eu não sei pra onde estou indo e sequer isso me importa: nada me assusta mais. Não vou perder a paciência e talvez quando perca, seja tarde demais. Eu só preciso ser forte e sustentar essa minha carcaça. Não posso me dar ao luxo de pensar em mim, porque toda vez que eu tento fazer isso, mais uma porta se fecha pra mim. Não foi um caminho que eu escolhi, foi imposto por quem me rodeia. Vou vivendo desse jeito que me acostumei, cada vez mais fechada, cada vez mais fria, cada vez mais indiferente. Respondendo sempre um 'tô bem' para todas as perguntas, mas no fundo desejando que alguém descubra a minha mentira e insista pra me conhecer (de novo) de verdade.
"I just can't help myself
I'm feeling like I'm going out of my head
Tears my soul into two
I'm not the one I thought I always knew"

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Descrições

Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos. Não saber o que fazer o a tarde que insiste em cair. Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento. Não saber dizer não a um sorriso. Não saber dizer sim por pressão. Não saber como agir, falar ou se comportar. Não saber o que virá depois. Não saber como lidar com essa angústia... Não saber o que dizer na hora que se é questionado. Não saber como dizer depois que já passou da hora. Não saber dizer, de jeito nenhum. Não saber o que falar diante de argumentos tão fortes. Simplesmente alma mansa, sorriso pouco, uma ínfima esperança e olhos opacos.

Insônia

Deito a cabeça no travesseiro esperando o sono. Porque ele não vem? A noite vem trazer todos os fantasmas agoniantes. A minha mente me trai e eu começo a pensar sobre todas as histórias que me causaram todas essas cicatrizes. Pensamentos com brilhos questionadores e tonalidades inquietantes. Eu estava em paz... Pensar não me faz tão bem. Juro que não sei o que o tempo fez das minhas noites. Elas são intermináveis, trocam de lugar com o tédio, me pintam olheiras, e fazem do sono algo pertubador. Fico horas brincando de mudar de posição na cama, pensando em tudo, e tudo que eu tenho, de alguma forma, some diante dos meus olhos cansados e do meu corpo entorpecido. Saber a verdade me faz querer asas, pra poder voar pra longe daqui e ter uma nova visão das coisas e de mim. Mas me ver por fora me dá medo: medo de não querer mais ficar. É voltar a deitar e esperar que passe.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Forever yours

Sempre a mesma pergunta: “O que fez você se apaixonar logo por ele? LOGO ELE?”. É, é ele. Logo ele. O canalha, o irresponsável, o idiota, o que não presta. Pois é. Ele te usa, te enrola, te faz ficar triste, te faz chorar, te faz prometer que nunca mais vai gostar de outro alguém. Pois é. É esse mesmo ele que te faz passar a noite em claro sonhando: com o cheiro dele, com o abraço maior do mundo que só ele tem. Com a luz do Sol quando reflete do cabelo dele. No olho dele. Ah, que olhar devastador... Faz parar qualquer briga e torna minúsculo qualquer possível desentendimento. Se perde. Você se perde. E naquele sorriso, você encontra razão pro seu. Sorriso que, em câmera lenta, resolve os milhares de problemas do seu mundinho. Te faz ficar tão boba que eu tenho medo de como o mundo vai ficar bobo depois que você o conheceu. Idiota, porém carinhoso. Não presta, mas te dá atenção. Irresponsável que te faz suspirar em seus braços. Canalha que te deixa louca. Palavra certa na hora certa. Nele você encontra um amigo, um amante, um namorado, um irmão, tudo aquilo que te falta: amor. Pronto, perdeu a razão. Mas logo com ele, logo ele? Depois ele te faz ficar triste, te troca por outra, apronta e começa tudo de novo. Você cansa de tentar. Até o ver. Basta um encontro de pele pra que tudo que você deseje é ele de novo. O destino não é algo que se possa fugir... Ele é seu destino, e você não fugiria dele mesmo que fosse capaz. Ele não é o mais bonito, não é o mais rico, não é o mais descolado, e nem faz questão disso. Aí que tá a graça. Todos os seus defeitos é o que o tornam deliciosamente incrível e tão difícil de resistir. Vai, insiste em fugir se é isso que você quer. Faça birra, tente se afastar, tente brigar, pra ver se adianta. É tão eficiente quanto beber pra esquecer, tentar dormir pra não acordar mais... Em procurar nos outros o que você só vê nele, você é a mestre. Atração, obsessão, encaixe? Chame do que quiser: ninguém vai te entender mesmo. Tuas amigas vão te chamar de burra, de covarde. Covarde é quem não entende o quão importante é poder se entregar. Corajoso aquele que assume o que sente. Essa sou eu. Pode até me chamar de burra, mas no dia que eu achar que não vale mais a pena se entregar, chorar, se descabelar, perder o eixo, se apaixonar, eu entrego os pontos. Pra você. É tudo que importa pra mim.

Ps: Não tente depender dele. Porque por mais que você se aproxime, que você tente, que você espere, no fim sempre estará sozinha. É o relacionamento mais humano e seu que você pode ter: só você sofre, só você pensa, só você ama, só você acha que existe.

Rompendo velhas rotinas

Olho pra uma página em branco e simplesmente não sei o que escrever. Minha cabeça pesa. Gira pela quantidade de idéias absurdas por segundo. Qualquer coisa a falar será insignificante, não terá importância pra ninguém de verdade. Mas porque se importar com a opinião alheia?  Chegou a hora de tentar né? Tanto tempo que eu passei tentando esconder aquilo que eu mais quero falar. Eu odeio mentirosos. Hoje em dia eu sou um deles, e eu só sinto muito... Agora vou fazer alguma coisa por mim e pra mim, quem sabe? Mas não sabia que fazer alguma coisa por mim, pra variar, ia doer tanto, ia expor certas feridas antigas, mexer com essa estabilidade que eu teimo em aparentar para as pessoas. Quem sou eu? Eu sou reticências. Sou 3 pontinhos. Sou o não-dito. Sou emoção. Palavras são o meu antídoto. Anti-monotonia, anti mau-humor, anti todo o amor que não há. Sempre encarando aquilo que a gente quer ocultar.