segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Wheel

People have the right to fly
And will when it gets compromised
Their hearts say "Move along"
Their minds say "Gotcha heart"
"Let's move it along"
(Move it along)

And airports
See it all the time
Where someone's last goodbye
Blends in with someone's sigh
Cause someone's coming home
In hand a single rose

And that's the way this wheel keeps working now
That's the way this wheel keeps working now
And I won't be the last
No I won't be the last
To love her

You can't build a house of leaves
And live like it's an evergreen
It's just a season thing
It's just this thing that seasons do

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Eu não sei esperar o tempo passar
Eu não sei ficar a mercê do universo
Eu não sei esperar o tempo pôr as coisas no lugar
Eu não sei olhar e fingir não querer cantar uma canção
Não sei ignorar fatos, palavras, nem meu coração
Eu não aprendi que o tempo é rei
Aprendi que o tempo pode ser muito ou pouco
A depender do quanto se ame alguém
Eu não sei o que virá depois do silêncio
Não sei silenciar enquanto gritos ecoam em mim
Não sei engolir argumentos
Não sei debater sem expressar intensidade sem fim
Só sei que o tempo não mudará certas coisas…
E apesar de eu não saber esperar
Aceito que ele trará um pouco de paz,
Um momentâneo esquecimento
Mas, nunca será capaz de apagar
O que ele mesmo, o tempo, soberanamente, tratou de construir
Com paciência, com intensidade, com amor
(Eu não sei esperar nada. E a natureza gritando no meu ouvido que então, já que sou birrenta, vou ficar sem nada mesmo.)

domingo, 4 de novembro de 2012

Espero que eu não demore dias pra escrever isso aqui pra você. Pra começar, nós estamos tortos, porém acredito que não fomos um erro. E sim, eu acredito em mudanças. Posso não ter sido tão lúcida ao mostrar sobre as mudanças que queria fazer, mas se você aprendeu comigo que as pessoas não mudam ou que não é possível mudar, você aprendeu errado. Fui prova viva de mudanças e melhoras. Fui prova do caos a hoje um pequeno sopro de vento em busca de um pouco de paz. O desespero pelo esquecimento que eu tenho que passar é muito mais difícil do que os reflexos dele hoje em mim. Realmente nos excedemos, os dois. E hoje eu nem sei onde a culpa foi parar. Não sei qual das almas e costas eram pra estar mais pesadas, mas não estão - nem a minha nem a sua. O que pesa vem de dentro pra fora. Pesa o peito, pesa o coração. E você tem pavor de mim. De dizer o que pensa e de me dar uma decisão.
Adianto que não sou uma gaiola para te prender, nem muito menos tenho uma boa tesoura para cortar suas asas. Acredito em liberdade, como também acredito que não são os pés e as mãos livres que nos dará a liberdade. Um coração amado é muito mais feliz vivendo e compartilhando seu amor. Por isso eu desde o primeiro beijo te quis para ser meu companheiro, parceiro, e te confiei o que mais há de valor em mim, meu coração. Sei que meu exagero pode lhe ter sido um susto, mas eu quis te amar sim desde o primeiro dia e te amei, torta, louca e doente, mas te amei. Só que com meu egoísmo, não percebi que antes de mim você tinha outra vida, pois não bastaria um ponto final meu na minha vida de antes, se a sua ainda era completamente vivida por você, mas só por você. Um dia paramos. Fui insuportável e achei justo sentir o gosto amargo de te perder. Tentamos curar um ao outro, só que o tempo passou. E quando passou deixamos de acreditar na loucura e por sua vez em nós. Foi longe que me curei. Foi distante que me tornei mais humana e também menos egoísta e orgulhosa. Foi perdendo você que aprendi a conviver com as minhas dificuldades e tentar respeitar as tuas. Não é fácil, peco, mas sei enxergar meu umbigo e ao redor dele. Sei reconhecer. E se insisto não é por chatice, ou mesmo por acreditar que haverá paz mundial, mas sim que pode existir paz entre a gente. Eu reli tudo o que escrevemos. Reli para tentar entender o que você queria mesmo me dizer, e eu sei que se eu disser que não quero mais nada, você irá concordar e nem irá se apavorar ou me procurar para uma explicação. 

Você pode estar diferente, mas eu conheço você ainda. E no momento você não quer saber de nada a não ser você mesmo. Preciso viver e estou com esta necessidade me cutucando, por isso não farei planos, não sou boa com eles, agendas ou relógios, vou destinar metas, e uma delas é me domesticar. Mas agora só quero que você sinta o seu coração e saiba escutá-lo como escuta suas músicas, e me diga se há amor pra mim ainda em você. É ruim saber que você ama alguém, está com essa pessoa, mas essa pessoa não está com você. E nós dois devíamos estar fartos de nos sentir assim, pois por quanto tempo sentimos isso estando juntos? O que acontece é que eu mudei, e você permanece impenetrável a mim, por que? Você é sincero comigo? Eu sou com você. Você reclama que falo demais e por falar nisso, falar sobre pessoalidades sempre lhe causou grande fúria, e não que eu não me importasse com sua chateação, pois o que lhe desagrada me desagrada também e sei que isso é uma falha minha, mas eu digo o que penso pra não pesar dentro, porque quando as coisas estão fora elas são mais fáceis de lidar. Se ficam dentro, acumulam, acabam sendo esnobadas e assim esquecidas, mas o inconsciente não esquece, ele algum dia vem e perturba. Então, já guardei muito, e, ainda guardo, só que o espaço ficou pouco e prefiro guardar o que realmente vá valer ser degustado ao ser escarrado. E nós dois não somos mais feitos para ter nojo um do outro. Você conhece meu corpo, o gosto de todos os poros e fluxos dele. Conhece não só quando te amam, conhece meu corpo quando não precisava respirá-lo. Você pode ter a oportunidade de conhecer minha alma como mais ninguém teve a chance ou o desprazer de conhecer. De você não tive vergonha de ser fraca, covarde, de mostrar meus medos, meus erros, muito menos meu desespero por não te ter mais. Você sabe sobre o meu desprezo e minha indiferença, mas conhece o coração mole e dócil que tenho. E confesso que realmente não sou a mesma pessoa com meus pais ou com os outros, eu só consegui ser eu mesma com você. Vi que você também não era perfeito e eu podia errar. Você se tornou o par perfeito pra mim e é dolorido admitir que eu não seja o seu. Só que eu não tenho mais força a me forçar a acreditar que você me ama e deseja. Não posso mais insultar meu coração e nem pedir pra que me ame, que seja meu companheiro e eu sua garota. Não é como nos filmes, mas nossa história daria um livro. E talvez seja esta a maneira de você me guardar em sua vida, como um livro em uma prateleira, como você mesmo faz. Não estou desistindo. Estou racional, como você tanto quer que eu seja. Minha cabeça está quase estagnada e assim as coisas facilitam para serem pautadas sem que exceda qualquer vírgula. Não sei também quando irá ler isto. Mas não tenho pressa, só desejo que a gente se acerte, seja qual for o próximo passo, tem necessidade por vida, fazer isto. Devemos-nos essa. Cansei das nossas doenças mentais. Eu já disse a você que somos capazes de ter paz, basta querermos o mesmo.
A mágoa nos foi mútua e o que escrevo aqui não é provocação, é desabafo pedindo perdão. Perdão do que fomos à presença e no silencio de mãos dadas, bocas caladas e gemidos travessos – sem versos, reversos com medos. Eu aqui te procuro por te ver fugindo também como eu, mas sem querer colocar palavras em tua boca como sempre fiz, eu só estou assumindo os sentimentos meus. E, de todo mal que te causei, de todo mal que me causou igual, pior, o mesmo, eu não te peço de volta, porque as coisas não voltam. O mundo pode ser pequeno, o mundo vai continuar a ficar menor. Essa nossa história não se pontua, ela não parou pelas tristezas, pela falta de respeito e pela indiferença que não ouve. Pelo contrário, os caminhos diversos continuam sendo paralelos, e no fim tudo se limita a um mesmo ponto – é aí que te encontro de novo, porque um grande amor, não se cura com outro amor, nem que este seja também um amor maior. Medir palavras. Devia ter feito isso não da última vez que escrevi, mas das últimas vezes em que não fomos, mas estivemos. Pra mim é melhor esclarecer até o que está morto, só assim enterro de vez a morte e volto a florescer. Erva-daninha floresce? Eu talvez sim. Só sei que nosso terreno é fértil, não consigo vê-lo apodrecer como tem acontecido. Podemos não nos olhar, fingir inodoros, incolores um pro outro – eu posso me comunicar por aqui com você, por essas linhas, pois sei que você as lê. A realidade tua não precisa mudar. Não quero confundir, embaraçar, enlear, só esclarecer, talvez também não morrer. Meu coração usa meus dedos para dizer.
A verdade é que desde sempre foi complicado entender o que eu sinto, mas eu sempre tentei descrever em palavras para que, quem sabe alguém mais ou menos desocupado do que eu pudesse entender por mim. 
A vida bateu na minha cara, muitos dias seguidos, sem poesia nenhuma que era pra me deixar sem vontade alguma de abrir os olhos. Só que os olhos são meus e cabe a mim saber até onde é bom enxergar, mesmo que sejam só coisas ruins que não vão me dar o sorrisinho que eu tenho que carregar todas as manhãs. Assim como tudo na vida, amores e amigos vêm e vão e, fico aqui perguntando baixinho, quem sou eu então pra decidir que os meus não deveriam ir? Não adianta mais prometer que será pra sempre. Eu não quero promessas. Eu não quero dor. É pelo medo de cair de novo que meus joelhos tremem. Eu quero, no mínimo uma garantia. E eu só preciso me desfocar do sonho que me deixa míope e enxergar além, ou melhor: enxergar o que está na minha cara. Antes de dormir rezei, pedi a Deus que perdoe tanta ingratidão de minha parte, por não enxergar tudo de bom que a vida me oferece, e continuar aqui me lamentando e fazendo tudo por você.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Eu passo quieta por você, você passa quieto por mim, e eu ainda escuto o barulho que a gente faz. 
E você já abalou tanto a minha vida. Que pena, agora você morreu. 
Não morre, por favor. 

Seja ele, seja o homem que perde um segundo de ar quando me vê. 
Mas você nunca mais me olhou quase chorando, você nunca mais se emocionou, nem a mim. 
Você nunca mais pegou na minha mão e me fez sentir segura. Nunca mais falou a coisa mais errada do mundo e fez o mundo valer a pena. 
Eu treinei viver sem você, eu treinei porque você sempre achou um absurdo o tanto que eu precisava de você para estar feliz. 
De tanto treinar acostumei.