sexta-feira, 24 de junho de 2011

”Chorei… no banheiro, no quarto, na cozinha, no parque. Chorei, e as lágrimas que inundaram cada canto de mim foram tão intensas que não pareceram vir de dentro pra fora, mas sim de fora para dentro. Porque nada, nem as lágrimas descarregavam tudo que estava sentindo, nada conseguiu tirar toda angústia de dentro de mim. Depois sorri, não sei porque, mas sorri. E de certa forma fiquei feliz, e continuei sorrindo…sorri pra não chorar. Porque ninguém precisava saber da minha decadência interior.”

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Talvez eu nunca entenda o real sentido das borboletas no estômago e da boca seca, das mãos que tremem e suam. A verdade é que sempre me esquivei de qualquer possibilidade (mesmo sendo ela muito remota). Sempre tive medo de gostar e ser deixada. E logo meu coraçãozinho ficou partido quando menos se esperava. Estagnei. Cansei de ouvir que eu não me deixo levar, que eu não me abro e não dou espaço. Eu sei disso. Eu só queria ter aprendido como mudar os meus defeitos. Minha frieza só me faz ver defeitos e falhas. Eu sei o que vai acontecer, e não me surpreendo. Eu acho graça do esforço e da boa vontade das pessoas, mas elas nunca atingem minhas expectativas, e isso é muito triste pra mim. É como se eu me assistisse de fora o tempo todo, tendo consciência de cada passo. É como se eu fosse expectadora vip da platéia de minha própria solidão. Sinto falta e medo. Talvez nunca ame, talvez seja nova demais pra dizer isso. Quero o frio na barriga, a emoção de primeiros encontros. Quero escrever mais que palavras de desculpas, textos sobres finais sem final, quero mais que arrumar coragem pra terminar. Talvez aqui seja só mais um texto dentre tantos outros. Mas quem saiba algum deles, um dia, me faça ter coragem pra mudar....

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Todo o amor que eu sufoquei por excesso de razão agora grita, escapa, transborda. Demonstro minha fragilidade. Eu não procuro alguém pra pentencer e ter posse, só quero uma fonte segura de amor que não dependa das obrigações. Eu sei que eu abri mão de várias oportunidades. Sei que fiz pouco caso de amores que me entregaram de maneira pura, só porque eu achava que tinha e podia encontrar coisa melhor. Se as pessoas estão sempre indo e vindo, eu só queria alguém que ficasse, que me fizesse parar de achar normal essa história de perder as pessoas pela vida. Vou embora querendo alguém que queira que eu fique. Estou sempre de partida. Quero dizer a alguém que quero ficar, que quero fazer dar certo, quero um motivo a mais pra sorrir todo dia de manhã. Mas acabo calada, porque não faz sentido dizer tudo isso sem ter pra quem. Eu não quero viver como se sobrevivesse a cada dia que passo sozinha. Não quero andar como se procurasse meu complemento em cada olhar vago. Eu acho que mereço mais que isso por tudo o que eu sei que posso fazer por alguém. E fico só esperando, na surpresa do dia que eu desencanar de esperar, um par de olhos que me faça ficar sem nenhuma palavra, nada além de dois olhos se tornando quatro. Nessa multidão de amores, sozinho é aquele que espera demais de tudo. Quero parar de evitar gente só por ser gente e pela possibilidade de alguma coisa dar errado. Posso correr o risco de dar certo?

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Remar. Re-amar. Amar.

E ainda tem gente, que depois de sofrer por um amor, resolve desistir. Desistir de amar, desistir de gostar de alguém. É uma viagem difícil. Me arrisco, a mais difícil de todas. Porque não há nada mais sublime que o amor, e nada mais dolorido do que perdê-lo. A maior prova de coragem de um alguém para outro é o amor, e a maior besteira que alguém pode fazer na vida é desistir dele: devemos aprender a amar corretamente, a abrir as portas do coração com cuidado e cuidar de nós, mas nunca, nunca, deixar de fazê-lo. Porque pior do que sofrer por alguém, é sofrer por estar só. 

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Nada dói mais do que achar que se pode morrer de amor (Há alturas em que as ilusões, ainda que muitas não tenham um final feliz, ajudam a dar colorido à vida, fazem-nos sair da cama de manhã, mas é claro, nada é pra sempre). A dor de perder alguém. E durante uns dias praticamente não comi. Passei a acreditar que morrer de amor significa morrer de fome. Ter fome de amor, de paixão, de corpos quentes, e não conseguir saciar. A dor repetiu-se tantas vezes na vida, de várias maneiras mas achei sempre que nenhuma é tão grande como a que sentimos naquele momento. Nunca consegui pôr os sentimentos em perspectiva, compará-los. Lembro da última vez que achei que morreria de amor. Foi a mais dolorosa das mortes. Matou um pedaço de mim, com ela foi-se a capacidade de acreditar em histórias de amor. Achava eu: agora, com a perspectiva que a distância permite, percebo que continuo a acreditar em histórias de amor. Há apenas uma diferença: nem sempre todas as histórias acabam em drama.