Talvez eu nunca entenda o real sentido das borboletas no estômago e da boca seca, das mãos que tremem e suam. A verdade é que sempre me esquivei de qualquer possibilidade (mesmo sendo ela muito remota). Sempre tive medo de gostar e ser deixada. E logo meu coraçãozinho ficou partido quando menos se esperava. Estagnei. Cansei de ouvir que eu não me deixo levar, que eu não me abro e não dou espaço. Eu sei disso. Eu só queria ter aprendido como mudar os meus defeitos. Minha frieza só me faz ver defeitos e falhas. Eu sei o que vai acontecer, e não me surpreendo. Eu acho graça do esforço e da boa vontade das pessoas, mas elas nunca atingem minhas expectativas, e isso é muito triste pra mim. É como se eu me assistisse de fora o tempo todo, tendo consciência de cada passo. É como se eu fosse expectadora vip da platéia de minha própria solidão. Sinto falta e medo. Talvez nunca ame, talvez seja nova demais pra dizer isso. Quero o frio na barriga, a emoção de primeiros encontros. Quero escrever mais que palavras de desculpas, textos sobres finais sem final, quero mais que arrumar coragem pra terminar. Talvez aqui seja só mais um texto dentre tantos outros. Mas quem saiba algum deles, um dia, me faça ter coragem pra mudar....
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