sábado, 31 de dezembro de 2011

Há tempos que queria escrever algo decente, mas a inspiração me fugia. Acho que a melancolia que existia em mim me motivava a escrever, e isso me deixa muito contente! Porque minha vontade de escrever se foi, porque a minha tristeza se foi, e no lugar dela deixou a felicidade que eu sempre quis ter.
Apesar da virada de ano ser uma data super valorizada, ela realmente incita em nós o desejo de melhorar, de inovar, de mudar aquilo que não tivemos coragem durante todo o ano...
No meu ano novo, não vou cantar "Ano novo, vida nova".
Vou cantar "Ano novo, vida velha, tudo velho".
Porque os antigos têm sido melhores pra mim: melhores amigos, aliados e professores.
O passado me ensina muitas coisas e construiu tudo que sou hoje.
O meu presente tá ótimo, e o meu futuro vai ser melhor ainda, se Deus quiser!
Obrigada 2011!
Vem 2012!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sempre soube que eu nunca gostei do fácil. Nunca quis o fácil, o bonito, nunca quis nada sem riscos, sem intensidade. Mas nunca havia experimentado algo desse tipo. A vida sempre tirou tudo de mim, me devia tantas coisas, e você veio pra compensar tudo isso: eu sempre tive medo de estar parada, medo de estagnar, de deixar a vida me dominar, mas nunca estive tão  ligada. É tão intenso, tão bonito, e ao mesmo tempo tão triste, tão falho, tão frágil... Só a gente sabe o que a gente sente quando se olha nos olhos, quando dá aquele abraço, e só a gente sabe o que a gente sente quando tem que se despedir. Nunca gostei de despedidas, mas nunca imaginei o gosto salgado que elas podem deixar no nosso coração. E quanto mais a gente se despede, mais a gente acha que vai se acostumar, e o que acontece é o contrário... Cada vez mais que você vai embora, leva um pedaço meu com você. A distância mata, fere, machuca o coração. Mas eu escolhi você. Escolhi poder ter seu sorriso, seu abraço, seu toque, cheiro, beijos e carinhos, mesmo que sejam raros, mesmo que às vezes minha mente fique tanto tempo sem te ler que esqueça a sua fisionomia. Quero tanto cuidar de você, quero você pra ser pai dos meus filhos. A gente faz tantos planos pro futuro, e eu quero realmente que você esteja comigo pelo resto da minha vida. Meu amigo, meu companheiro, meu namorado, o amor da minha vida. Nunca pensei que fosse capaz de amar como eu te amo, te amo porque você me conquistou e faz questão de me conquistar todos os dias. 
A vida nos prega peças. Mas aí, num final de semana despretencioso, você sempre chega, e leva todos os meus problemas com você, e deixa só a saudade, um enorme vazio...
O peso da realidade é cruel, meu amor... 

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sou culpada por estar amarrada em você, quanta saudade quando o seu corpo toca no meu...
Preciso que olhe pros dois lados antes de julgar. Preciso que olhe pra trás. Preciso que olhe pra dentro de mim. Estou exposta, cansada e ferida. Apenas queria um colo calmo e uma mão pra me acariciar. Não deixe que o meu desejo se perca, não faça um buraco no meu coração, não desperdice o nosso tempo em vão.
Dê o exemplo da bondade e do respeito que só o amor pode fazer: o fim-de-mundo já passou. Vamos começar de novo, um por dois, dois por um.

domingo, 25 de setembro de 2011

Se me pego distraída, é perdida em você. Ainda prometo descobrir se é a sua lembrança quem me distrai, ou se é a distração quem leva os pensamentos até você. A questão é que fico pensando, e pensando... Lembro de cada detalhe, qualquer coisa que me faça rir sozinha. Fico alimentando a saudade que cresce e continua crescendo até que meus braços estejam enrolados no seu pescoço. Sua falta me deixa agoniada de vez em quando... Eu me preocupo com qualquer idiotice, sinto sua falta antes do sono, e te durmo sempre dentro de mim. Isso você já sabe de cor. Mas prepare os seus ouvidos, porque enquanto for verdade, eu vou repetir, e repetir, e repetir...
Quero ouvir você falar da sua vida e sonhar com minha imagem no seu futuro, mesmo sabendo que eu provavelmente não estarei lá. Quero que ignore a improbabilidade da nossa jornada e fale da casa que teremos na praia. Quero que você descreva em detalhes da vista que teremos do mar e do jardim da nossa casa. Dos filhos que teremos correndo nesse mesmo jardim. E, que faça tudo isso enquanto passa as mãos nos meus cabelos... Quero que você nunca perca de vista a música da sua existência e que me prometa ter entendido que a felicidade não é um destino, é uma viagem. E que, talvez não seja nesta vida, mas nossa vez vai chegar. Fomos feitos um pro outro.
Havia a levíssima embriaguez de estarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se percebe que, por admiração, se estava de boca entreaberta: eles só respiravam o ar entre eles, para não descolarem os rostos, e ter esta sede de saliva era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo. Falavam e riam para dar peso ao amor, que de tão puro, era leve demais pra permanecer no chão: viviam no ar, viviam no amor. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles não se tocavam. Em pele. Mas se tocavam em pensamento, um sempre imaginando como descobrir mais um centímetro da pele do outro. E quando estavam separados, sempre imaginavam o que o outro estaria fazendo, se o outro comeu, tomou banho, se dormiu, no que estava pensando... Não sabiam ao certo quem eram, não conseguiam enxergar muito bem de tanta distância, mas acreditavam no que um fazia o outro sentir o tempo todo.... O timing era perfeito. 
A garota tinha vontade de dizer: "O teu sorriso é voador, mas transmite bondade e confiança. Transmite coragem, calma e bravura. O teu doce sorriso, embora rápido, penetra na minha alma sem esperança, me deixa quente de amor." Mas ao invés disso, sorria de volta. Sorria e o beijava, pensando: "Então, quando você me beijar, vai sentir o gosto da minha escrita, pois a fim de nunca esquecê-las eu trago todas as minhas palavras na ponta da língua..."

terça-feira, 20 de setembro de 2011

100

Quem diria que eu conseguiria externar 100 pequenos pedaços de mim em letras? Pequenos, porque ainda há tantos desses perdidos dentro de mim... Aprendi tanto, aprendi a me odiar, me amar, me conhecer. Agradeço sempre desde o dia que comecei a escrever. A razão que me trouxe aqui foi boa pra mim durante muito tempo, e hoje é melhor ainda! Parabéns pra mim pelo centenário de textos históricos da minha alma.

sábado, 3 de setembro de 2011

Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo quando deveria falar, digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar. Faço brincadeiras de mau gosto, e sofro antes, durante e depois de te encontrar. Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar: pior é não ter presente e o passado se agitar pra sumir comigo no ar. Sumi porque não há o que se possa resgatar. Meu sumiço é covarde, mas atento. Sumir é um jogo de paciência. Pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu lado. Mas depois de um tempo, eu e você sabemos que eu vou voltar. Porque em vez de tentar escapar de certas lembranças, o melhor é mergulhar nelas e voltar à tona com menos desespero e mais sabedoria. Observar por fora o que acontece e entender: é o primeiro passo para a libertação. A vida é feita da memória. Às vezes, damos pra pensar que tudo que há de mais vivo foi aquilo que já se foi.
As pessoas mais importantes foram, sim, as que ficaram. E as que voltaram.

sábado, 27 de agosto de 2011

Eu nunca pensei que fazer o bem, pensar o bem e praticar o bem faziam tanta diferença. Eu não sabia que pensar positivo e querer mudar pra melhor iam me fazer tão bem... E que iam fazer as coisas darem tão certo, meu Deus, obrigada por tudo... Hoje admito que chorei um pouquinho, de felicidade. Era uma coisa que não cabia em mim, sabe? Você apareceu pra completar, e em tão pouco tempo me faz sentir como uma criança de novo... Me faz sentir bonita, me faz sorrir abobada, tenho pena de como o mundo ficou bobo depois que a gente se conheceu. Por mais que eu me decepcione com você no futuro, ou descubra que você não é o homem da minha vida, continua aqui, agora. Não me deixa só. Porque tá dando tudo certo. Porque eu tô feliz, eu tô bem demais. E isso assusta.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Tô cansada de confusão, de sofrimento e perceber que as coisas não dão certo pra mim... Agora eu só quero me afastar de tudo que me retarda e queme segurou durante tanto tempo e seguir...

domingo, 14 de agosto de 2011

Gosto de ver o quanto esse (pouco) tempo me fez bem. Nunca ia achar que eu pudesse mudar tanto, pra melhor. Mudei pra mim, consequentemente mudei para os outros. Tenho coração, e me permito utilizá-lo. Permito demonstrações de carinho, permito gostar, permito ser feliz. Aqui só não tem lugar pra quem não quer ficar. Quer saber quem eu sou agora? Sei que não te diz respeito, em parte nenhuma te toca. Mas se quiser mesmo saber de mim, experimente não me perguntar. E talvez assim desperte minha vontade de contar sobre mim.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Tantas vezes ouvi, tantas vezes observei, quantas vezes me calei... Quantas vezes eu ainda vou ter que repetir pra mim mesma que não vale a pena? Que não vale, e provavelmente não valerá mais. Quantas vezes vou ter que dizer que vocês não me conhecem? Que eu realmente não sou quem aparento ser? Por isso, não me venha com essa conversa, não pense que eu não ouço os cochichos com meu nome, não pense que eu vou ficar calada. Todos os "nãos" que eu teimei em não dizer vão se espalhar por todos os cantos.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

E quando o telefone não toca, eu já não me preocupo. Faço um leite quente. Vejo um filme. E quando a saudade aperta, escrevo uma bobagem, leio uma coisa engraçada, dou um sorriso e guardo a dor lá no fundo. Sorrir pra não chorar... Nunca achei que fosse perceber a realidade nessa frase. Preciso não morrer, não sufocar, não lembrar: não repetir nada que já tenha feito, cuidar de alguém, deixar alguém cuidar de mim. É triste ter alguém quer quer costurar seu coração, enquanto você sabota: desfaz pontos quando não tem ninguém olhando e aperta os nós do passado pra que eles fiquem... Preciso ser nova. Perdoar a precariedade dos meus sentimentos, que ainda não aprenderam a ir embora, perdoar a vida, perdoar meu carma, perdoar o universo. Ser gigante por dentro.

sábado, 23 de julho de 2011

Num futuro distante, estaremos juntos

E me dá um nó no juízo não saber o que esperar
O presente é incerto mas não posso desesperar
Tento disfarçar mas não há nada mais que eu possa pensar
O destino fez sua parte em separar
Não sei se devemos juntar
Deixar rolar?
Numa boa história sempre há algo pra atrapalhar
Nunca achei que fosse descontrolar
Colocar intensidade sem parar
Dia e noite refletindo sem cessar
Como ficar?
Certamente terei história pra contar
Impossível no amor não acreditar
Confiar?
Serei mais cuidadosa quando novamente tentar
Desculpe no que vou falar
Mas espero ansiosa o dia em que deixarei de te amar
Minhas pernas sem bambear
Meu coração sem transloucar
O dia que não vai mais me faltar
O ar
Que tanto aqui eu quis rimar

terça-feira, 19 de julho de 2011

Não sei o que esperar do mundo. Quando acho que as pessoas não podem me dar nada, elas me surpreendem. Quando eu espero o mundo, elas sempre me decepcionam. Sou um daqueles seres que não se adapta a nada (correto, pelo menos). Esperar desesperado ou desesperar desacreditado?
Como tem horas do dia que eu me sinto idiota, meu Deus...
Quando eu desci do pedestal que eu criei por você, e tentei ver a nossa "história" por um ângulo que não fosse o meu... Me arrependi e me arrependo todos os dias por ter feito milhões de coisas pra uma pessoa que não entendia, não queria entender e não dava valor. Eu me lembro do que eu costumava representar pra você, ou o que você me dizia que eu era, e não pense que eu esqueci. Eu só não entendo como tão rapidamente fui derrubada do meu cargo e facilmente substituída por meia dúzia de meninas que apenas te dizem tudo aquilo que você quer ouvir. Eu nunca vou te dizer o que você quer ouvir, porque eu sou mulher demais pra baixar a cabeça pra alguém. Você nunca vai entender todos os meus chiliques e ataques de ciúme. Nada que você diga vai poder remediar o tempo que eu perdi em casa, esperando você se desculpar ou bolando um plano pra "acidentalmente" entrar em contato com você, enquanto você andava por aí, pendurado num pesçoco de qualquer menina, sem sequer lembrar que eu existo. Olha, menino, acabou a palhaçada. A partir de hoje, você está oficialmente rebaixado. Tiro seu cetro e sua coroazinha fajuta de rei do meu coração. Não vale a pena sofrer por alguém que faz o que você fez, alguém que disse tantas vezes ser meu amigo. Fui mulher chorando sozinha no meu quarto, fui mulher aturando toda vez que você queria saciar seus desejos beijando qualquer uma na minha frente, fui mulher em cada porre que tomei por você, fui mulher em cada briga que comprei por querer estar do seu lado. Você me prometeu que nada ia mudar, naquele dia que eu te contei o que eu sentia, a gente chorou junto e jurou nunca se largar... Você não manteve sua promessa, e não foi porque você não podia, foi porque você não quis. Uma pessoa que eu jurei conhecer, hoje vejo que nunca cheguei nem perto disso. Tanto tempo eu me culpei, tantos dias me achei feia, nojenta, insuportável... Virei um monstro por sua causa e agora tenho que conviver com ele todos os dias. Se você acha que toda consequência é justa quando se faz o que quer, tudo bem. Ficou provado pra mim que a gente é muito mais diferente do que eu achava que era. Vai ver eu que sou muito antiquada. Ou vai ver você não se importava tanto quanto dizia. Pra mim tanto faz. Ninguém nunca vai entender todas as noias que eu tenho em relação a você (que não são poucas). Ninguém amou o quanto eu te amei, durante todo o tempo que passou e o tanto de coisas que eu perdoei. Amei tanto que fiquei obcecada por uma pessoa que tinha sua atenção voltada pra outro lugar.  Tô indo pra um lugar onde eu rezo todos os dias que o passado se ponha, porque eu não aguento mais segurar esse peso por mim e por você. Que eles não entendessem, eu já esperava. Eu só esperava que você entendesse.

sábado, 16 de julho de 2011

Nunca fomos afeiçoadas em qualquer sentido, e já tivemos nossas diferenças no passado (eu pelo menos já tive, acho que você imagina porquê kkk). Bem, hoje posso dizer que gosto muito de você e que você não é mais uma pessoa comum nesse mundo desalmado. E você se vai, não pra longe, nem por muito tempo, mas é o bastante pra sentir falta de você. Sentir falta da sua positividade, do seu jeito meigo, pronto pra me ouvir mesmo a gente não sendo tão próxima... Eu agradeço, por tudo que você passou ao meu lado! Seu jeito alegre me faz esquecer um pouco dos meus problemas. O passado e o presente são apenas meios, para nós, nosso fim é sempre o futuro. E eu posso dizer que tenho uma invejinha de você, que tem a chance de recomeçar, tudo novo, de poder correr atrás dos seus sonhos. Vai garota, o mundo é todo seu! Seja muito feliz por lá, você merece, lutou e batalhou todos os dias. Não se sinta em dúvida, sei que é isso que você quer mais que tudo na vida. Eu te entendo. Meus olhos se encheram de lágrimas hoje, mas não quis chorar. Quis sorrir pela sua felicidade. Se sentir saudade, volta. Estamos todos aqui esperando por você.
"Distância. Saudade dói. Distância apenas. E como dói. As distâncias geralmente são calculáveis e dividem-se basicamente em duas: a “distância muita” e a “distância pouca”. A distância entre o fazer e o fazer-acontecer é muita. Já a distância respeitosa entre o cavalheiro e sua dama em noite de baile é pouca. A distância mágica entre o coelho e o fundo da cartola é muita. Em contrapartida, a distância romântica entre o sol e a lua em dia de eclipse é praticamente nula. A distância geográfica entre o Brasil e os Estados Unidos é muita, mas a distância genética entre fé e coragem é pouquinha. A distância entre lembrança e respiração também é pouca. E abraçados nessa verdade, ambos vão se orientando na certeza musical de que do outro lado há o outro a respirar." 
Distância só é muita quando você quer que seja!

Ps: Adivinha o que eu tô ouvindo pra escrever isso

terça-feira, 12 de julho de 2011

It's really over
You made your stand
You got me cryin'
As was your plan

But when my loneliness is through
I'm gonna find another you

You take your sweaters
You take your time
You might have your reasons but you will never have my rhymes

I'm gonna sing my way away from blue
I'm gonna find another you

When I was your lover
No one else would do
And if I'm foreced to find another
I hope she looks like you and she's nicer too

So go on baby
Make your little get away
My pride will keep me company
And you just gave yours all away
Oh, now im gonna dress myself for two
Once for me and once for someone new
I'm gonna do some things you wouldn't let me do
I'm gonna find another you

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Quer ir embora, vá de vez. Pare de aparecer, pare de rondar, pare de especular, pare de achar que a minha vida não tem outro assunto. A vida continua pra todos, é a lei. E se é mesmo verdade a lei de que tudo que vai volta... É bom você começar a rezar

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Não pretendo te contar sobre minhas lutas contra mim mesma. Você terá nas mãos toda a minha simplicidade e leveza, que podem até não serem totalmente verdadeiras, mas foram criadas com muito carinho pra não assustar pessoas como você. Guardo pra mim todas as crises de identidade e a vontade de sumir. Não vou discutir minhas fragilidades e inseguranças. Claro, quero te impressionar... Talvez eu te diga algumas vezes sobre minha tristeza, mas só pra ganhar um pouquinho mais do seu carinho. Te ofereço com amor meu bom humor e minha paciência quase sempre, e você deveria saber que esta não é uma oferta muito comum, muito menos fácil. Se você tivesse chegado antes, eu não teria notado. Se demorasse um pouco mais, eu não teria esperado. Se não fosse sutil, não teria te reconhecido. Quando eu me lembro de você, fico feliz por saber que ainda existe gente boa no mundo. Você exemplifica o lado bom de viver, nessa sua alegria sem fim, nesse sorriso eterno. Você é a versão masculina de mim. Acho mágica esta palavra, sincronia: nada mais do que estar no lugar certo, no momento certo. E você chegou. Na hora exata. No dia exato. Um tipo de pessoa que a gente sabe com os olhos que chegou pra ficar. Você anda acertando muita coisa, mesmo sem perceber. Você tem me ganhado nos detalhes e aposto que nem desconfia. Mesmo no pouco tempo e na pouca estrada percorrida. Mas já que você chegou no momento certo, vou te pedir que fique. Mesmo que o futuro seja de incertezas, mesmo que não haja nada duradouro prescrito pra mim ou pra você. Fique. É tão difícil ter um bom amigo... Esse é um pedido egoísta, porque na verdade eu sei quem eu sou, e olhe, sou difícil demais, e que se nada der realmente certo, vou ficar sem chão. Mas por outro lado, posso te fazer feliz também. Posso ser o que posso, posso ser o que devo, posso ser o que quero. Tenho plena certeza que vou poder cuidar de você. Se eu pudesse, te procuraria o dia todo, te contaria sobre tudo da minha vida, todos os meus medos e planos pro futuro; mas, sinceramente, tenho medo de te assustar. Sufocar de profundidade. Tenho medo de me apegar demais a você. E apegar você a mim. Sempre cuidando e fazendo tudo que pode por mim... Você não precisa saber que eu choro porque me sinto pequena num mundo gigante. Nem que eu faço coisas estúpidas quando estou carente. Você nunca vai saber da minha mania de me expor em palavras, que eu escrevo o tempo todo, em qualquer lugar. Muito menos que eu estou escrevendo sobre você neste exato momento. O que você precisa saber é que eu realmente gosto de você, num tempo onde eu não tenho costume de fazê-lo com frequência. Isso tudo só foi pra deixar claro o quanto eu desejo que a nossa amizade e confiança sobreviva ao fator tempo... Na verdade, é claro que eu vou te deixar me conhecer, um dia, eventualmente. Se eu perceber que você vai aguentar as minhas verdades sem ir embora... Porque eu não quero que você vá... I would miss you

Um versinho sofredor

Hoje dói muito. Hoje me caiu a ficha que eu não vivi nos meus últimos 3 anos. Parou pra mim tentar ser você, pensar que nem você, agir como você. Deus me livre me tornar alguém como você... Sempre fui daquelas que tenta disfarçar o que sente. Sabe como é, quanto menos você fala, menos você lembra, menos você sente. Eu nunca gostei de sentir as coisas, embora isso acontecesse com frequência. Calei. Amei. Feri. A mim, e só a mim. Eu só não enxergava isso. Não enxergava que a luz do fim do túnel já tinha se apagado há tempos, que a lâmpada da esperança estava a muito queimada pra mim. Não acho que me arrependa do que fiz, é bom a gente saber o quanto somos capazes de amar e de acalentar uma pessoa que a gente jura de pé junto que é a certa. É. Acabou. Eu queria muito ser daquelas pessoas que não sofre, mas eu sofro por dentro. Eu sinto uma pontadinha de ódio pelas pessoas que me fazem pensar que posso me dar ao luxo de sofrer uma vez. EU NÃO POSSO. Eu preciso juntar os pedaços e começar de novo. A vida não pára, e ficar parado é pra quem pode perder tempo. Eu não posso. Já desperdicei muito do meu tempo, já desperdicei chances e oportunidades. Agora eu preciso correr. Hoje eu preciso pensar em mim, e decidir nunca mais sofrer por você. Posso te amar um dia de novo, quando eu aprender a me amar, a me aceitar e saber quem sou. Ainda que o tempo se torne um empecilho na minha nova jornada, eu preciso continuar, preciso olhar pra frente, porque minha cabeça anda muito tonta de ter um olho no futuro e outro no pretérito (imperfeito?). Anda nauseada de uma surra atrás de outra, atrás de outra, atrás da mesma surra das outras vezes... Não quero mais ninguém que me faça infeliz, não quero mais chorar assim: quero fuga. Só poder colocar a cabeça no travesseiro e dormir até que isso tudo passe.

Já é de manhã, e eu só preciso de amor
Que dessa vez ele não fuja transloucado.
Que ele fique, se instale e tire de dentro de mim
Essa tradição de sempre dar errado...

sábado, 2 de julho de 2011

Não sinto

saudades do seu amor, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria. Não existiu morte para o que nunca nasceu.
Eu não consigo mais me descrever. Sou como uma música desajeitada, onde o compositor não tinha muita paciência pra acertar as notas, apenas ajeitou para que funcionasse durante a noite, depois perdeu o interesse... Não sei o que se passa comigo. Uma apatia da vida tão grande, que não sei mais o que fazer, e mesmo que soubesse, acho que ela não deixaria. Me descompassei do mundo, não tenho mais sincronia com ninguém ou coisa alguma. Todas as pessoas me decepcionam... Na verdade, acho que elas nem me notam mais. Papo chato de gente que gosta de sofrer, né? Não sigo na esperança em que dias melhores virão, apenas espero, calada, que eles passem: só observo. Às vezes eu funciono, sabe, mas nem quero muito. Acho que me perdi e não tô fazendo questão de me achar.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

”Chorei… no banheiro, no quarto, na cozinha, no parque. Chorei, e as lágrimas que inundaram cada canto de mim foram tão intensas que não pareceram vir de dentro pra fora, mas sim de fora para dentro. Porque nada, nem as lágrimas descarregavam tudo que estava sentindo, nada conseguiu tirar toda angústia de dentro de mim. Depois sorri, não sei porque, mas sorri. E de certa forma fiquei feliz, e continuei sorrindo…sorri pra não chorar. Porque ninguém precisava saber da minha decadência interior.”

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Talvez eu nunca entenda o real sentido das borboletas no estômago e da boca seca, das mãos que tremem e suam. A verdade é que sempre me esquivei de qualquer possibilidade (mesmo sendo ela muito remota). Sempre tive medo de gostar e ser deixada. E logo meu coraçãozinho ficou partido quando menos se esperava. Estagnei. Cansei de ouvir que eu não me deixo levar, que eu não me abro e não dou espaço. Eu sei disso. Eu só queria ter aprendido como mudar os meus defeitos. Minha frieza só me faz ver defeitos e falhas. Eu sei o que vai acontecer, e não me surpreendo. Eu acho graça do esforço e da boa vontade das pessoas, mas elas nunca atingem minhas expectativas, e isso é muito triste pra mim. É como se eu me assistisse de fora o tempo todo, tendo consciência de cada passo. É como se eu fosse expectadora vip da platéia de minha própria solidão. Sinto falta e medo. Talvez nunca ame, talvez seja nova demais pra dizer isso. Quero o frio na barriga, a emoção de primeiros encontros. Quero escrever mais que palavras de desculpas, textos sobres finais sem final, quero mais que arrumar coragem pra terminar. Talvez aqui seja só mais um texto dentre tantos outros. Mas quem saiba algum deles, um dia, me faça ter coragem pra mudar....

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Todo o amor que eu sufoquei por excesso de razão agora grita, escapa, transborda. Demonstro minha fragilidade. Eu não procuro alguém pra pentencer e ter posse, só quero uma fonte segura de amor que não dependa das obrigações. Eu sei que eu abri mão de várias oportunidades. Sei que fiz pouco caso de amores que me entregaram de maneira pura, só porque eu achava que tinha e podia encontrar coisa melhor. Se as pessoas estão sempre indo e vindo, eu só queria alguém que ficasse, que me fizesse parar de achar normal essa história de perder as pessoas pela vida. Vou embora querendo alguém que queira que eu fique. Estou sempre de partida. Quero dizer a alguém que quero ficar, que quero fazer dar certo, quero um motivo a mais pra sorrir todo dia de manhã. Mas acabo calada, porque não faz sentido dizer tudo isso sem ter pra quem. Eu não quero viver como se sobrevivesse a cada dia que passo sozinha. Não quero andar como se procurasse meu complemento em cada olhar vago. Eu acho que mereço mais que isso por tudo o que eu sei que posso fazer por alguém. E fico só esperando, na surpresa do dia que eu desencanar de esperar, um par de olhos que me faça ficar sem nenhuma palavra, nada além de dois olhos se tornando quatro. Nessa multidão de amores, sozinho é aquele que espera demais de tudo. Quero parar de evitar gente só por ser gente e pela possibilidade de alguma coisa dar errado. Posso correr o risco de dar certo?

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Remar. Re-amar. Amar.

E ainda tem gente, que depois de sofrer por um amor, resolve desistir. Desistir de amar, desistir de gostar de alguém. É uma viagem difícil. Me arrisco, a mais difícil de todas. Porque não há nada mais sublime que o amor, e nada mais dolorido do que perdê-lo. A maior prova de coragem de um alguém para outro é o amor, e a maior besteira que alguém pode fazer na vida é desistir dele: devemos aprender a amar corretamente, a abrir as portas do coração com cuidado e cuidar de nós, mas nunca, nunca, deixar de fazê-lo. Porque pior do que sofrer por alguém, é sofrer por estar só. 

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Nada dói mais do que achar que se pode morrer de amor (Há alturas em que as ilusões, ainda que muitas não tenham um final feliz, ajudam a dar colorido à vida, fazem-nos sair da cama de manhã, mas é claro, nada é pra sempre). A dor de perder alguém. E durante uns dias praticamente não comi. Passei a acreditar que morrer de amor significa morrer de fome. Ter fome de amor, de paixão, de corpos quentes, e não conseguir saciar. A dor repetiu-se tantas vezes na vida, de várias maneiras mas achei sempre que nenhuma é tão grande como a que sentimos naquele momento. Nunca consegui pôr os sentimentos em perspectiva, compará-los. Lembro da última vez que achei que morreria de amor. Foi a mais dolorosa das mortes. Matou um pedaço de mim, com ela foi-se a capacidade de acreditar em histórias de amor. Achava eu: agora, com a perspectiva que a distância permite, percebo que continuo a acreditar em histórias de amor. Há apenas uma diferença: nem sempre todas as histórias acabam em drama.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Dizer que durante esse tempo todo eu conseguia ver mesmo que só o brilhinho daquela tal luz no final do túnel seria uma mentira. Eu reconhecia o exagero do momento, de todas as crises e dos "nunca mais", mas sinceramente não via outro ângulo para a felicidade no momento que não fosse aquele. Até porque era realmente sensacional a cena vista daquela montanha alta de presunção que eu havia criado em mim. Com um pouco de esperança e zero amor próprio, cria-se de tudo, sabe como é. No meu caso, montanhas de gelo que derretem com o passar dos meses. Até que senti os dois pés tocando o chão. Pois, que grande bosta é pisar aqui. Eu prefiro as brasas, ou o gelo, ou qualquer coisa melhor que esse marasmo. Doeu demais chegar até esse fim da linha. E por mais que eu já respire normalmente e a maioria dos nós na garganta já tenham se desamarrado, não sei se gosto do que vejo. Eu estou me adaptando. O coração anda batendo no mesmo ritmo há dias. E talvez eu precise mudar meu nome: é atípico demais não me ver lutando, rindo sozinha ou chorando pelos cantos. O tempo simplesmente passa. O passado já não incomoda mais e nem o futuro causa dor no estômago. Não confundo nomes. Não deixo de comprar meu doce preferido, para comprar o outro que te agrada na esperança de sentir teu sabor. Todos os compromissos na agenda se referem apenas a mim. Eu puxo apenas a metade da colcha todos os dias. Agora eu preciso de concentração para lembrar aquele teu cheiro. Eu estou longe de ser quem eu sempre fui. Em um momento lúcido, imune dos meus grandes dramas. Vivendo paixões regradas e relações aparentemente saudáveis. Sem beijos que ardem e sem brigas que ferem. Eu estou longe de ser o que sempre fui e muitos sabem o quanto é estranho me ver sendo envolvida por essa nova identidade tão tediosa. É algo natural, eu sei, e que esses muitos me previniram que iria chegar. Eu só precisava respeitar o meu tempo. Eu respeitei então o tempo, sem querer. A maior e mais resistente de todas as cicatrizes parece agora estar fechada. Estou tão estranha que nem ao menos sei o que sinto me sentindo assim. Assim normal.
Eu estou longe de ser o que sempre fui.
Uma coisa é você uma pessoa e ficar feliz, triste, nervoso ou até com raiva. Mas o problema - que tem sido cada vez mais comum na minha vida - é quando não sei o que sentir ao ver algumas pessoas. A previsibilidade torna-se um fator de tédio e nenhuma das pessoas legais, chatas, ou mais-ou-menos me despertam interesse.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Depois de tanto tempo, eu ainda não consigo escrever, e olhe: era uma das coisas que eu mais gostava de fazer. Simplesmente porque a minha inspiração se foi, pegou o primeiro trem em direção à vida que quis, me deixando pra trás. Sim, era você inspiração pros meus versos e cartas de amor, jamais entregues. Era motivo de toda a alegria que habitava em mim. Era o dono dessa mulher e de todo o amor que guardei aqui por tanto tempo, que depois de tão sufocado, de ser maltratado e escondido, se rendeu. Meus versos perderam a graça e a cor e por aqui só me sobrou, pura e em preto-e-branco. E te digo, não achei que seria tão maravilhoso poder se descobrir. Acordar e não ter que chorar, não ter que amar, não precisar sentir nem lembrar, conhecer um pouco de mim. De tanto querer ter você, acho que me tornei você, num vácuo de sentimentos que nunca pensei que pudesse colocar em prática. Acho que agora eu te entendo. É bem melhor não sentir.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Nothing left to say but goodbye (repost)

Cada expectativa que eu te cobrava só servia para compensar as expectativas que você arrancou de mim. E de tanto esperar por algo que eu nunca tive, de um jeito louco eu vi minha mente clarear, como se tivesse despertado de um pesadelo tenebroso que durou tempo demais. A noite já corria solta quando li a minha alegria voltar. Por tanto tempo eu tinha vivido sozinha, sem expectativa de melhora, sem acreditar que eu era capaz de fazer alguma coisa só pra mim... Agora, um pouco feliz, pelo menos. Fiquei semanas brincando de boomerangue com as coisas que eu sentia, e algum poder seu sempre te trazia de volta pra mim. Mas de tanto te jogar, alguém viu: passou por nós no meio da nossa distância. Pegou você de mim em pleno vôo. Então me assustei  porque o que eu senti por você parece ter sido levado também. Eu perdi o que senti por você. Confesso que deixei a porta aberta pra que tudo fugisse, confesso que fingi não ver tudo correr de mim. Não fui atrás. Estava cansada demais. Em todo o caso, eu coloquei fogo em todos os planos que imaginei no meu cérebro, só pra garantir. Apaguei nosso futuro colorido. Todas as lembranças se esvaem de mim, boas e ruins... Sei que mesmo se os nossos narizes tivessem olhos não conseguiriam ver logo embaixo deles que não somos da mesma espécie: que nossas mãos não se encaixam e que nossos pés jamais se encontrariam a noite. Com essa brisa de coragem que tomei no rosto, sei que sou capaz de alcançar qualquer pessoa, em qualquer lugar.

domingo, 1 de maio de 2011

Passei a semana toda com vontade de escrever, mas hoje já é domingo e ainda não consigo nada. Simplesmente não sei o que fazer. Minha inspiração sumiu, minha vontade de lidar com as coisas sumiu, meu sentimento com a vida sumiu. Quis desabafar, quis desabar, quis chorar, quis largar tudo, quis reviver tudo, mas também quis sorrir, quis aproveitar, quero seguir em frente sem ter que olhar pra trás. Não me permito fazer nada, porque calculo o peso que isso vai ter pra mim: todas as minhas ações são pensadas, repensadas e descartadas. Tô caindo de um abismo faz tempo, e parece que ainda não encontrei o fundo... Sei que tenho um pouco de mim, que passou por tudo, ainda guardada lá no fundo. Mas é tanta angústia sufocando, tanta decepção com tudo, que eu tenho medo de tirar essa caixinha da verdade e não aguentar o peso. Não consigo lidar comigo: pela primeira vez estou de mãos, pés e coração atado. Não sei ao certo o que significa. Foi uma semana difícil, de um mês complicado, de um ano que não está sendo bom pra mim.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Perfil de Personalidade

Você vive num mundo de possibilidades de sensações. Você está totalmente ciente da aparência, do gosto, do som, da consistência, e do cheiro das coisas. Você tem uma forte apreciação estética pela arte e tende a ser um artista de alguma maneira, pois você tem uma capacidade única de criar e de compor coisas que irão fortemente afetar os sentidos das pessoas. Você tem valores fortes que você guarda dentro de você, e que você se esforça para não quebrar no decorrer da sua vida. Você precisa se sentir como se tivesse vivendo de acordo com o que acha ser correto, e irá se rebelar contra qualquer coisa que for de encontro com essa sua meta. É bem provável que você escolha trabalhos e carreiras que permitam que você tenha a liberdade de trabalhar no sentido de realizar seus objetivos pessoais, guiado pelo seu sistema de valores.
Você tende a ser uma pessoa quieta e reservada, e é difícil das pessoas realmente te conhecerem bem. Você esconde suas idéias e opiniões dos outros, exceto daqueles mais próximos a você. Você é normalmente uma pessoa educada e sensível no lidar com as pessoas, que se interessa em contribuir com o bem-estar e com a felicidade delas, e que se esforça muito em cumprir tarefas em que você acredita.
Você é uma pessoa que tem uma forte afinidade por estética e beleza. Pessoas como você geralmente amam animais e realmente valorizam a beleza da natureza. Você é original e independente, e precisa ter seu espaço próprio. Você valoriza as pessoas que se preocupam em te entender, e que te ajudam a atingir suas metas do seu próprio jeito. As pessoas que não te conhecem bem podem ver seu jeito único de viver como um sinal de que você vive uma vida sem preocupações nem ansiedades, mas na verdade você normalmente leva a vida muito a sério, constantemente obtendo informações e filtrando-as através do seu sistema de valores, na busca de um significado mais claro para as coisas.
Você é uma pessoa voltada a ações. Você gosta é de fazer, e normalmente não se sente confortável falando de conceitos teóricos e de idéias, a não ser que você veja uma aplicação prática para elas. Você aprende muito melhor fazendo, e consequentemente acaba se cansando com facilidade dos métodos tradicionais de ensino que enfatizam muito mais o pensamento abstrato. Você não gosta de análises que não envolvam os valores das pessoas, nem de ter que tomar decisões baseadas estritamente na lógica. Seu forte sistema de valores impõe que suas decisões sejam avaliadas pelas suas crenças subjetivas, ao invés de através regras ou de leis objetivas.
Você é extremamente perceptivo e se preocupa com os outros. Você está constantemente coletando informações específicas sobre as pessoas, e vai atrás para descobrir o que elas significam. Suas percepções das pessoas estão quase sempre penetrantemente corretas.
Você é uma pessoa calorosa e solidária. Você se importa de verdade com as pessoas, e é extremamente voltada a servir, num desejo de agradá-las. Você tem uma quantidade incomum de afeto por aqueles próximos a você, e demonstra seu amor através de atitudes, e não de palavras.
Você não tem o desejo de liderar nem de controlar as outras pessoas, da mesma maneira que não têm o desejo de ser liderado nem controlado por outros. Você precisa de espaço e de tempo sozinho para avaliar as circunstâncias da vida para filtrá-las através do seu sistema de valores, e normalmente irá respeitar o desejo das outras pessoas por essas mesmas coisas.
Você não costuma se dar crédito o suficiente pelas coisas que você faz muito bem. Seu forte sistema de valores leva você a ser extremamente perfeccionista, e faz com que você julgue a si mesmo de uma maneira desnecessariamente dura.
Você é uma pessoa com inúmeros dons especiais para o mundo, especialmente na área de criar sensações através da arte, e de servir aos outros sem esperar nada em troca. A vida provavelmente não será extremamente fácil para você, pois você a leva tanto a sério, mas você pode saber que você tem em suas mãos as ferramentas para transformar a sua vida e a das pessoas mais próximas a você em experiências ricamente gratificantes.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Classificados

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, contar histórias de grandes chuvas e das recordações de infância: um amigo-retrospectiva. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade: um amigo-diário. Daquilo que se passa no íntimo: um amigo-desbravador que saiba quando o seu olhar indica algo escondido. Um amigo que não se precise implorar nada, um amigo-complemento. Alguém que corra atrás, que ame, que se doe. Sincero, leal e fiel. Amigo-quase cão. Que se importe com os sentimentos, que faça valer os momentos e saiba apreciar o amor mais verdadeiro: a amizade. Um amigo-amigo.

domingo, 24 de abril de 2011

Is there a time for keeping your distance
A time to turn your eyes away
Is there a time for keeping your head down
For getting on with your day

terça-feira, 19 de abril de 2011

Não vou ficar aqui escrevendo coisas apaixonadas e melosas. Não que eu que eu não consiga, ou que o sentimento ainda não exista. Só que eu me descobri tão sozinha quanto sempre reclamei ser, e pela primeira vez isso não me assusta: é finalmente bom não depender de você. Eu adoro o fato de não ficar triste/alegre/com raiva por alguma coisa que dependa de você. Estou cansada, só queria um colo, um cafuné e o beijo de boa noite, todas as noites. Já fiz tanto por você, dentro e fora de mim... Você sempre reclama de quem sou e do que me tornei. Você nunca parou pra pensar que foi você que me fez assim? A mulher louca que sempre fui por você, e que mesmo tão cheia de defeitos, sempre foi sua. Nunca quis acreditar nas pessoas, que me disseram que você não foi feito pra mim, que depois de hoje virão outros dias... Eu não queria ir embora e esperar o dia seguinte. Eu queria que você sofresse comigo dessa loucura que é estar vivo, queria passar noites em claro presa no seu corpo, queria que você se livrasse dessa camisa de força, pra que eu pudesse finalmente te abraçar de verdade... Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. Precisaria saber como sou quando há espaço pra ser. O peso que eu tive que aturar, contra tudo e contra todos, na esperança que um dia você pudesse olhar pra mim com outros olhos. O que me faz sentir é sua distância, o medo de perder nossa ligação tão inexplicável. Nossa amizade é tão expressiva, ao mesmo tempo recente e tão eterna. Eu sei que no nosso jeito de não dizer 'eu te amo' à toa, de rir depois de um 'tô com saudades', não vivemos mais distantes, do nosso jeito... E quando você me mostra o quanto mudou e diz das coisas que agora te fazem sorrir, eu penso em quando eu achava que seria eu quem mudaria tudo em você. Eu, que sempre te explico sobre as coisas que deve ou não fazer pra gostar de alguém. Eu, que sempre te disse que você era um romântico enrustido e usava a galinhagem pra disfarçar. E que mesmo você negando e dizendo que nunca ia se apaixonar, tentava te convencer. Eu sei, não precisa dizer que eu estava certa... Se apaixonou... Queria poder tirar o telefone do gancho e desaparecer por um tempo, mas já aceitei que não dá. Então hoje eu vou ser mais presente e menos ciumenta. Vou dizer a verdade quando você perguntar o que eu acho do que você pretende fazer pra surpreender sua namorada, quando você tiver uma (e eu sei que terá) . E ainda que você tenha a fórmula perfeita do que eu procuro, vou me conformar de não ter sido a primeira a encontrar. Só eu sei quantas oportunidades e quanto tempo empenhei. Hoje, com algumas baixas no meu exército, mudo a minha frente de batalha. Por que sempre vai ter uma luta, né? Mesmo que não seja por você, que não seja pra ficar ao seu lado. Amei você, porque o amor não precisa de explicações. Mas hoje eu preciso. E eu tô pronta pra abrir meu coração de novo, tô pronta pra todas as coisas que eu sinto quando me apaixono, pronta pra ser feliz e ser de alguém, só não consigo estar mais pronta pra você.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

nota do autor

Tenho medo de escrever. É perigoso demais. Quem já tentou, sabe o quanto é arriscado mexer no que está oculto dentro da alma, e do medo que dá de ler as entrelinhas de sua própria vida. Mas aí vem a adrenalina, meu caro. Um escritor (seja ele de livrarias famosas ou de cartas abandonadas no fundo do armário) tem uma visão muito diferente das coisas, quando postas no papel. Parece que o seu eu possuidor de uma caneta consegue transformar tudo em uma novela de capítulos bem mais interessantes. Quem escreve é necessitado, grita com as palavras para que os outros vejam a sua história, chama a atenção pra tudo aquilo que quer esconder: tímido, e sem querer ao mesmo tempo, extrovertido; é um reles, um depressivo. Nada paga a reação do leitor: o escritor dá seu bilhete de identidade, e para se ler tem de haver um olhar e o olhar pertence a uma pessoa, que tem uma história e se identifica. Não é só uma identidade, é uma unificação, um confessionário quase que criptografado: um desejo do escritor de ser menos carente, menos sozinho.

sábado, 9 de abril de 2011

Olha, sou complicada. Sou enrolada, do meu jeito, na minha infinidade de sentimentos. Faço drama, comédia e romance porque sinto tédio da vida. Não me espelho em ninguém porque ninguém sabe o que é certo pra mim, nem pra ninguém. Não há o certo. Há o menos incômodo a si mesmo e pronto, mesmo que a vida se trate de agrados aos outros, pois de fato sua felicidade é tão importante quanto a minha, desde que isso não me faça infeliz. Entende? Não importa. Eu não sei gostar e desgostar assim, de repente. Então não entre em minha vida como alguém perdido entra por engano em uma sala. E não queira minha pele por fraqueza ou vontade. Minha verdade é corrosiva, tanto que às vezes me evito. É saudável me esquecer. Talvez isto só me traga dor. Talvez eu seja cada vez mais e mais difícil. Talvez eu acabe sempre no talvez.

Quase amor

Queria consertar tudo o que aconteceu, mas na verdade sei que este erro não foi meu.
Destilei meu sangue em algo forte, pra que eu pudesse me sentir melhor, mas do contrário, eu me senti pior. E usei deste artifício pra ocultar a dor, por ter perdido um quase amor.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Nostalgia

A nostalgia pegou de jeito. Camuflada, se infiltrou no meio das garfadas do jantar. Bem que eu senti um gosto diferente: primeiro, doce, como todas aquelas memórias lindas de um sorriso, de uma conversa que terminava às gargalhadas, de uma brincadeira de morder, de ficar juntinho. Logo em seguida, me veio um gosto muito salgado, como a realidade que teima em bater na porta e cortar o barato. Não dura muito. Surge um gosto amargo, mas não é qualquer amargo, é aquele amargo que bate no fundo da alma e traz aquelas coisas que você preferiria não lembrar: tudo de ruim que você teimou em esconder, em socar no fundo do armário do seu cérebro, como aquelas roupas de inverno num clima equatorial. Tão amargo que chega dá asco, enjôo. Todos os sabores acabam em fração de segundo. Mas a mistura destes deixa uma vontade de repetir... E apesar de todas as sensações que ele dá, sejam elas boas ou ruins, você sempre desejará mais. Nostalgia é aquele pedacinho de você que deseja que os momentos nunca acabem. Mas nada seria bom se fosse eterno, não é verdade? Não seria aproveitado corretamente. É até bom sentir uma saudade do que se passou, até sofrer um pouquinho, porque dá uma boa sensação de que o tempo não foi perdido: que se passou, mas ficou eternizado na memória.

terça-feira, 29 de março de 2011

Losing my mind

Não há retratos na parede. Não há altos e baixos, e de manhã, eu estou bem, mesmo sozinha e sem você. Não há telefones, não há chamadas. Não há conversas com você sobre tudo... E eu não me importo, tarde da noite, quando o telefone toca e não é você. Mas às vezes, quando eu olho a chuva lá fora, eu penso sobre o passado, às vezes eu o quero de novo: eu penso sobre como você se sente, e por dentro, começo a perder a cabeça. Não há planos formados, não há caminhos e não há chance (já faz tanto tempo). E tudo está logo atrás de mim. Não há ninguém andando naquela estrada, e mesmo que houvesse, eu sei bem onde ela leva: se eu continuasse caminhando, nada ia me fazer lembrar. Não há brigas e não há lágrimas, não há nenhuma necessidade disso se você não está aqui. E eu sei que você não está aqui. E eu não sou a mesma afinal, não mais. Não há necessidade de escrever porque não há como mudar o que foi feito. E não há como mudar como estou por dentro. E parece que vem uma tempestade. E eu acho que sei que ela pode trazer tudo de volta, ou levar embora de vez...

sábado, 26 de março de 2011

Mais um dia

Distraída atravessando a rua, se perdia em pensamentos. Olhava pro asfalto esburacado, pra rua de paralelepípedos que dava continuidade. Sem um único pensamento firme. Só uma pergunta que martelava insistentemente na cabeça: por que, meu Deus, ela não conseguia ser feliz?

quarta-feira, 23 de março de 2011

Já amanhecia e ela ainda não tinha largado aquela janela. Olhar pro nada era tão bom, deixar a cabeça vazia por um momento dava uma sensação ótima... Quase 6h depois ela ainda estava ali. Imóvel. Incapaz de se mexer e de por consequência sentir alguma coisa. Ela queria preencher sua vida, mesmo que fosse de confusão, só pra não ter tempo de parar e pensar em nada. Sua vida era muito quieta, sempre nos trilhos. Até as escapadas eram meticulosamente calculadas. Nunca sobrava um espaço para a loucura. A impulsividade aparecia sempre que ela tinha a chance de abrir a boca. Já tinha muito tempo que não se rendia aos desejos; e as suas vontades, cada vez mais raras, eram sempre das mesmas coisas. Evitava pensar, falar, agir, se render, se magoar, ser feliz. Que tipo de pessoa vive parada no tempo?

segunda-feira, 21 de março de 2011

Tá aí uma coisa que ninguém entende: as minhas escolhas. Ninguém entende que nenhuma das minhas ações é infundada. Tudo na minha vida tem seu porquê. Eu sou quem eu sou hoje por um motivo (ou vários desse). Eu posso parecer uma coisa por fora, mas quem realmente me conhece sabe que por dentro ainda existe o mesmo eu. A diferença é que antes eu fazia as perguntas antes. Podia ou não obter respostas, quase sempre as obtia. Agora eu faço depois. Apenas não tenho nada a responder se não perguntam (de verdade).

sábado, 12 de março de 2011

Quanto mais tempo passa, mais estranho parece. Mais tudo se encaixa e um dia, vai parecer que nem existiu. É engraçado bater o pé e ceder as suas vontades, mas o melhor ainda é ver que a vida segue e que não vai fazer falta aquilo que não é essencial.

quarta-feira, 9 de março de 2011

É sinistro o quanto as pessoas podem se tornar diferentes. O quanto elas podem mudar, em cima do que você achava, ou achava que sabia. Aquele amigo que tem tantos coisas pra contar, que nem olha pra você. Aquela amiga que sabe de tudo, mas finge que você não tem problemas, para não ter que lidar com eles. Aquele outro ex-melhor tudo que largou de mão de você e parece esquecer de tudo. Aquela amiga-quase-irmã que ama tanto o namorado que não enxerga mais nada. Aquelas amigas-irmãs perfeitas, mas que infelizmente o tempo leva pra longe. Aquela turma que um dia foi unida, hoje separada. Cada um mergulhado em seus próprios problemas, cegos demais pra tentar olhar pro lado. E eu, cansada demais pra insistir nas pessoas, descubro tarde que já estou sozinha tem muito tempo. Tão sozinha que já nem sei mais me relacionar com as pessoas: bruta, irracional e excessivamente temperamental. Ah, tô nem aí. Quem quiser que me conquiste de novo. Não vou agradar mais ninguém.
Por que você ligou, sem motivo assim? Por que você me obrigou a ouvir sua voz? Já tinha me acostumado sem os seus carinhos. Já tinha me acostumado a não sentir sua mão na minha. Já tinha esquecido do seu sorriso. Da minha cara de idiota quando você chegava na minha porta. Do seu jeito idiota de cantar canções de amor pra mim. Até tive saudades daquele cd que tocava insistentemente no carro todas as vezes que a gente sentava naquele banco de trás, e ficava vagando em pensamentos... Cada um mergulhado em problemas, que pareciam fugir naquele curto espaço de tempo. Eu podia me apaixonar por você, sabia?  Mas eu não tenho paciência para o seu charme. Não tenho paciência para jogos. Eu quero certeza! E você apenas vai e volta, some e aparece quando quer...

domingo, 6 de março de 2011

Nada

Não sei o que deveria estar sentindo, mas deveria sentir alguma coisa, afinal. Depois de tanto tempo, de tantas decisões mal tomadas, de tantas histórias vividas, de tantos pensamentos calados. De tanto amar, de tanto chorar, de tanto sofrer, de tanto rir, de tanto calar, de tanto gritar, depois de sentir tudo junto... Deveria sentir. Tristeza, e/ou raiva, e/ou felicidade, e/ou impotência, e/ou alívio, e/ou saudade, e/ou revolta, e/ou pelo menos me sentir idiota. Qualquer coisa, por favor! Estou confusa, isso é fato. Mas sentir que é bom? Nada. Depois de sentir tanto, aprendi a mascarar tão bem cada fisgada de sentimentos no meu peito para enganar os outros. Aí descubro que engano tão bem que não consigo nem demonstrar pra mim mesmo. Porque só pode ser essa a razão. Só posso estar escondendo os sentimentos! Não é possível que isso tudo vai acabar, e depois de tudo eu não vou sentir nada...

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Rodeios

Você conhece o tipo. É aquela que nunca diz diretamente o que sente por você. Os olhos dela transmitem desejo, os braços te seguram com firmeza, mas falar que é bom, não rola. Será que ela nunca vai se abrir, nunca vai falar? Menino, ela deixa um monte de pistas, você que não se dá conta. Ela morre de medo do que vem a seguir: esperar uma resposta. Ela não gosta de esperas. Ela esperaria se tivesse certeza do que vai ouvir, mas a dúvida mata-a lentamente. Ela já fez uma declaração, uma vez, mas sem resposta. Traumatizou. Ela prefere que você tome a iniciativa, se quiser. Ela quer que você leia os olhos, as mãos, os lábios. Ela não vai optar pelo "eu te amo" que você aguarda, com impaciência, todas as vezes que os seus olhos se encontram. O idioma que ela (não) fala é outro. Ela silencia para que falem por ela. Antene-se nos recados, em todas as palavras em que você tropeça e que foram largadas por ela bem no seu caminho, por onde você passa. Há mil maneiras de se fazer uma declaração.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Causas perdidas

Não aguento mais brigar por causas perdidas. Não tenho mais forças para discutir com as mesmas pessoas sobre os mesmos motivos que me irritam. E aquele blablablá todo que todo mundo erra, todo mundo é diferente, e todo mundo tem dias ruins não me sustenta mais. Por que eu sou obrigada a aturar tudo, em dias bons, ruins ou terríveis? Só porque eu disse que estou bem não significa dizer que estou.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

É preciso, às vezes

Às vezes é preciso mudar o que parece não ter solução. Em alguns momentos, botar tudo abaixo, pra voltar à construir do zero. Ter coragem de bater com a porta e apanhar o último trem no último momento, sem olhar para trás. Deve-se abrir a janela e jogar tudo fora: queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e o cheiro (ah! que cheiro...), as mãos, a cor da pele. Apagar da memória sem medo de perder os registros pra sempre. Há hora de esquecer tudo: cada momento, cada minuto, cada passo dado junto e cada palavra. Cada promessa e cada desilusão acompanhada. É preciso, às vezes, atirar tudo com força pra dentro de uma gaveta e jogar a chave fora. Ou então pedir a alguém que guarde tudo num cofre e que esqueça o segredo.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Just Married

Não sei aonde isso vai me levar, mas pela primeira vez não me importo. Não me importo porque é umas das primeiras vezes que eu me proponho a fazer algo por mim e pra mim. É a primeira vez que eu bato o martelo e não olho pra trás na esperança de ver alguém querendo me fazer mudar de idéia. Essa é a hora em que eu aceito os meus sentimentos e junto com eles, as minhas limitações. Aceito que eu sou uma pessoa como qualquer outra, e que também merece ser feliz, e não precisa ser anulada pra isso. Aceito que estou sofrendo, mas sofrendo por mim, uma chance de melhora pra mim. Aceito os defeitos das pessoas que me rodeiam, mas também aceito que estou aceitando porque quero, pois não sou obrigada a aceitar nada. Aceito não ter que pensar sempre. Aceito viver sem amarras. Ou aceito viver amarrada somente em mim. I do. Aceito. Eu me aceito. Acabo de me casar comigo. E a sensação é boa demais.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Sou a definição do egoísmo na sua pior forma. Quero muito o que quero, na hora que quero, do jeito que quero. Se não for assim? Faço birra, bato o pé: ou é do meu jeito, ou não é.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Altos e baixos

Cansei de relacionamentos sem futuro, promessas que não serão cumpridas: chega de esperar. Eu quero certezas: pé no chão e mãos sempre em volta da cintura. Quero segurança, quero paixão, quero amor, quero tudo na mesma medida. Não quero implorar sensações, não quero insistir relacionamentos, não quero ter que esperar a vontade dos outros de suprir a minha cota de sentimento humano. Odeio ver pessoas sendo felizes, porque eu não consigo ser feliz só assistindo. Quero o meu pedaço do bolo, a fatia que foi destinada pra mim. Espero o dia que eu não dependa de altos e baixos. Até esperar de cansar

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Todo dia morre

Ela queria falar, mas o medo não a deixava. E se ela sofresse? E se ela chorasse na frente dele? Nada mudaria pra ele. Ela seria só mais uma em que ele deu o fora, ela seria só mais uma que ele não permitiu que o tentasse fazer feliz. E ela ficou lá, sem chance, sem oportunidade, sem poder mostrar a ele que a garota que ele precisava tinha acabado de jogar fora. Mas todo dia morre um amor, não é? Quase nunca percebemos, mas todos os dias um amor morre. Às vezes de forma lenta, quase indolor, após anos de rotina. Às vezes de surto, como nas novelas, com direito a brigas incríveis, capazes de acordar todos os vizinhos. Ou morre em frente à televisão de uma quinta feira. Morre sem beijo antes de dormir, sem mãos dadas, sem olhares compreensivos. Morre depois de telefonemas cada vez mais espaçados, mensagens que começam a rarear, beijos que esfriam ao longo do tempo. Morre da mais completa e letal estagnação. Todo dia morre um amor, embora relutemos em admitir. Porque nada é mais dolorido do que a constatação do fim. De saber que, mais uma vez, um amor morreu antes mesmo de florecer e frutificar. Porque, por mais que não queiramos aprender, a vida sempre tem algo pra nos ensinar. E esta é a lição. Todos os dias um amor é brutalmente morto. Com os olhares atentos do tédio, da indiferença, da traição, da desconfiança. Presentes devolvidos (ou simplesmente jogados fora), o silêncio insuportável depois de uma discussão: todo crime deixa vestígios.
Torcemos apenas pra que nem todos os amores morram. Fiquem alguns. Aqueles que, apesar da luta diária pela sobrevivência, das contas a pagar, da paixão que vai minando com o decorrer dos anos, das calcinhas penduradas no chuveiro, das toalhas molhadas sobre a cama e das brigas que não levam a nada, ressuscitam a cada fim de dia e duram: teimosos, belos, cegos e intensos. Pelo menos na nossa imaginação.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Como passa...

Eu sei, isso passa. Passa, e quando passar, algo triste vai acontecer: eu não vou mais te amar. É triste saber que um dia você vai passar e não sentir cada milímetro do meu corpo arder, arrepiar e embrulhar. É triste saber que um dia vou ouvir sua voz, te abraçar ou olhar seu rosto e o resto do mundo não vai desaparecer. O fim do amor é ainda mais triste do que sofrer por ele. O meu amor tá cansado, surrado. Ele quer me deixar, pra poder renascer depois, em outro canto, mas eu não quero outro canto, eu quero insistir no nosso canto. Eu me agarro ao meu amor, eu imploro pra que ele fique, ainda que doa mais do que cabe em mim. Eu imploro pra que pelo menos esse amor que eu sinto por você não me deixe, pelo menos ele, ainda que insuportável, não desista. E que eu sofra por amar você o quanto posso, porque se eu deixar de te amar, acabou.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Esperar

Esperar é uma coisa tão triste, sabia? Esperar dos outros, em especial. Esperar um gesto de carinho que não chega, uma palavra de amor que nunca vai ser dita, esperar uma atitude do outro que você teria... Passa o tempo. E mais tempo passa. Quanto tempo eu tenho? Não sei. Mas se soubesse, com certeza, não deixaria de esperar; e é tudo que eu faço. Esperar.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Telefone

Esperei. Esperei que aquela telinha se acendesse me trazendo boas notícias. Por apenas um minuto poder ouvir sua voz, doce melodia que tira meus pés do chão. Poder te ouvir dizer tudo aquilo que eu sempre quis que você me dissesse, mas tudo que escutei do outro lado da linha foi o relutante baque surdo da realidade: o silêncio do quarto. Realidade essa que sabe aquilo que você vai me dizer, e também sabe que não é tão bonito assim. Na verdade, não tem nada de bonito. E além do mais, o telefone não tocou.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Retalhos

Quando o céu escurecer e talvez só assim eu entre de vez no nunca e ao apagar de meus passos, deixarei poucas falas, um punhado de sorriso perdido guardado em algum espaço ou em algum caminho por onde andei. Deixarei planos incompletos dentro do meu coração, palavras na ponta da língua e choros presos. Imagens de mim. O outono abraça meu sumiço e nas notas da música que nunca cantei deito toda a ilusão do inverno que virá a seguir. Será que eu estarei aqui pra ver? As linhas dos meus sentimentos não-sentidos confundem a vida e estraçalham a razão. Então seguirei no escuro mesmo sob o sol, e caminharei só em milhares de vozes: mas o único som que farão pra mim é o silêncio. A vida cansada e confusa agarra a fuga da existência. Não digo adeus, mas parto pro nunca mais.

Post-it

Me tornei você na esperança que você me amasse. Faço tudo que você faz, frequento os mesmos lugares, ando até com os mesmos amigos. Nada adiantou. Você preferiu acabar com todo o carinho que eu guardei pra você. Preferiu ficar sem todos os abraços que eu não dei, e sem os beijos que eu não beijei. Sempre desconfiei que você não tivesse amor próprio! Porque amar alguém a sua semelhança? Queria eu poder saber disso antes... Hoje sou muito mais você do que eu.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Mari =].doc


Engraçado, como tudo que é bom surge do inesperado
Eu nunca te vi assim, perto, do lado
Mas é por isso que é engraçado...

Já imaginou sentir saudade de alguem
Que tu nunca viu, mas que tu quer bem
Que tambem nunca te viu, mas te quer bem, também
Ein ?

Parece confuso, mas nem é
É bem mais facil de entender
Do que procurar os mil gols de pelé
Gols esses, que ninguem sabe se aconteceu
Ela pelo menos mora na mesma cidade que eu

Eu tava aqui parado, sozinho e sem plateia
Olho pra foto dela, e me vem a idéia
De blusinha vermelha e cabelo solto
Ela nem tem idéia, de como isso me deixa louco

Eu as vezes ate nem sei o que pensar
Não sei se é vontade de te ter, ou de te apertar
Acho que ela nem percebe, que tem tanto requinte
E que todo seu charme se esconde, atrás de um sorriso simples

Não precisa tocar violão, cantar e surfar
Não precisa parar de beber e nem parar de chingar
Eu so quero que saiba, que passa um filme em minha cabeça, quando ela deita
E que vc é linda desse jeito...Com todos os defeitos de uma menina perfeita

(13/07/2009)