Nada dói mais do que achar que se pode morrer de amor (Há alturas em que as ilusões, ainda que muitas não tenham um final feliz, ajudam a dar colorido à vida, fazem-nos sair da cama de manhã, mas é claro, nada é pra sempre). A dor de perder alguém. E durante uns dias praticamente não comi. Passei a acreditar que morrer de amor significa morrer de fome. Ter fome de amor, de paixão, de corpos quentes, e não conseguir saciar. A dor repetiu-se tantas vezes na vida, de várias maneiras mas achei sempre que nenhuma é tão grande como a que sentimos naquele momento. Nunca consegui pôr os sentimentos em perspectiva, compará-los. Lembro da última vez que achei que morreria de amor. Foi a mais dolorosa das mortes. Matou um pedaço de mim, com ela foi-se a capacidade de acreditar em histórias de amor. Achava eu: agora, com a perspectiva que a distância permite, percebo que continuo a acreditar em histórias de amor. Há apenas uma diferença: nem sempre todas as histórias acabam em drama.
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